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Oito pessoas foram presas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) em Curitiba e em Piracicaba, interior de São Paulo, nesta manhã de quarta-feira, 19. Elas são suspeitas de aplicar o golpe da venda de pacotes de viagem à Terra Santa. Mais de mil pessoas podem ter sido lesadas. O prejuízo estimado foi de cerca de R$ 4 milhões, segundo a Polícia Civil.

Pastores evangélicos ocupavam “posições de destaque na quadrilha”, segundo a Polícia Civil. Eles estão entre os alvos da operação. Ao todo, há nove mandados de prisão e 13 de busca e apreensão expedidos pela 7ª Vara Criminal da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba.

De acordo com a polícia, as prisões efetuadas, até o momento, foram em Curitiba (5), Araucária (1) e Piracicaba (2). Um investigado, com endereço em São Paulo (SP), ainda não foi encontrado.

A ação faz parte da operação contra grupo criminoso e conta com o apoio das Polícias Civis dos estados de Santa Catarina e São Paulo. O objetivo é cumprir 22 mandados judiciais, sendo quatro de prisão preventiva, cinco de prisão temporária e 13 de busca e apreensão, além do bloqueio das contas dos envolvidos.

Segundo as investigações, alguns pastores evangélicos ocupavam posições de destaque na quadrilha. Eles estão entre os alvos dos mandados expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba.

As ordens judiciais estão sendo cumpridas, simultaneamente, em diversos bairros de Curitiba, no município de Araucária e Almirante Tamandaré, ambos na Região Metropolitana de Curitiba, e em Sarandi, Região  Metropolitana de Londrina, noroeste do Estado, e nas cidades de São Paulo (SP) e Piracicaba (SP).

Os investigados frequentavam cultos e encontros cristãos para conquistar a confiança de fiéis e fazer a oferta de viagens, que sabidamente nunca aconteceriam. Além disso, realizavam ampla divulgação de seus serviços em redes sociais e propagandas televisivas.

Os envolvidos constituíram diversas empresas em nome de “laranjas” com o objetivo de lesar, especificamente, fiéis de entidades religiosas. O líder do grupo criminoso já havia sido preso no ano de 2015 ao aplicar o mesmo tipo de golpe.

A PCPR já identificou vítimas em vários estados, como Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Roraima e Pará.