BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Iniciada às 15h desta terça-feira (23), a reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara para votar a reforma da Previdência é marcada pela atuação de deputados contrários ao governo e à proposta.


A bancada do PT, PSOL, PCdoB, PDT e PSB atuam para obstruir a votação. Eles apresentaram uma série de dúvidas e questionamentos ao presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), o que atrasa a sessão.


Além disso, há requerimentos de oposicionistas protelatórios, para retirar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da pauta e de adiamento da votação.


Governistas e líderes de partidos independentes ao presidente Jair Bolsonaro chegaram a um consenso nesta terça para analisar a proposta após exclusão de trechos que não reduzem a expectativa de economia de R$ 1,1 trilhão em dez anos.


A expectativa de interlocutores de Bolsonaro é que a reforma seja aprovada na CCJ com cerca de 40 votos, dos 66 membros da CCJ.


Esse placar, portanto, deve se repetir para rejeitar os requerimentos da oposição.


O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), acredita que, por causa da obstrução, a PEC deve ser votada por volta de 21h.


Se aprovada, a proposta seguirá para uma comissão especial. É a segunda etapa de análise da reforma.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a aliados que prevê instalar o colegiado na quinta (25).


Mas os trabalhos devem ser iniciados por volta de 7 de maio por causa do feriado de 1º de maio.