O dia 16 de abril é uma data marcante no calendário do Athletico Paranaense. Em 1995, nessa data, o time sofreu uma goleada de 5 a 1 do Coritiba, resultado que foi o estopim para a “Revolução Atleticana”. O grupo liderado por Mario Celso Petraglia assumiu o comando do clube e iniciou uma reestruturação.
Nesse período, Petraglia conquistou com o clube 14 títulos: oito estaduais, uma Copa Sul-Americana, um Brasileirão, uma Copa do Brasil, uma Série B, uma Seletiva da Libertadores e uma Conmebol/Levain Cup. Ele ficou no comando do Furacão por 22 anos. Entre 1995 e 2020, ficou afastado do clube por três anos, entre 2009 e 2011, quando Marcos Malucelli era o presidente.
A média de Petraglia é de dois títulos a cada três anos no clube. Sem ele, o Athletico somou 17 títulos em 74 temporadas — média de dois troféus a cada nove anos. Ou seja, a Revolução Atleticana triplicou a frequência de conquista de títulos.
Além disso, o grau de importância também aumentou. Sem Petraglia, o clube só ganhou o Campeonato Paranaense. Com ele, faturou títulos nacionais e internacionais.
OS TÍTULOS DE PETRAGLIA
22 anos no comando do clube
1 Sul-Americana
1 Brasileiro
1 Copa do Brasil
1 Série B
1 Seletiva da Libertadores
1 Conmebol/Levain Cup
8 Paranaenses
Média: 2 títulos a cada 3 anos
OS TÍTULOS SEM PETRAGLIA
74 anos
17 Paranaenses
Média: 2 títulos a cada 9 anos
Na história do Brasileirão, o Athletico também ganhou outro nível com Petraglia. Sem o dirigente, o clube somou historicamente uma média de 42,5% dos pontos disputados. Esse aproveitamento de pontos é equivalente ao 12º lugar da competição. Com Petraglia, a média passou para 49,4% dos pontos, equivalente ao 8º lugar.
Petraglia também nunca sofreu um rebaixamento nos 21 anos no comando do clube. Desde 1995, a única queda ocorreu na gestão de Marcos Malucelli, no Brasileirão de 2011.
Antes da Revolução Atleticana, o clube nunca havia participado de competições da Conmebol. Depois, foram 14 participações (sete na Libertadores e sete na Copa Sul-Americana). As melhores campanhas foram o título da Sul-Americana de 2018 e o vice da Libertadores de 2005.
BRASILEIRÃO COM PETRAGLIA
49,4% dos pontos somados*
288 vitórias
158 empates
244 derrotas
20 participações
1 título (2001)
1 vice (2004)
1 terceiro lugar (2013)
BRASILEIRÃO SEM PETRAGLIA
42,5% dos pontos somados*
134 vitórias
141 empates
151 derrotas
21 participações
1 quarto lugar (1983)
*Todas as vitórias foram consideradas como valendo três pontos, independente do ano
