O mês de outubro terminou com o acumulado de chuva abaixo da média mensal no Paraná, assim como já havia ocorrido em setembro. Apesar das chuvas voltarem a ocorrer com uma maior frequencia, ainda não foi o suficiente para que o volume alcançe os valores normalmente registrados. Veja alguns exemplos:
Localidade Chuva em outubro Chuva média Porcentual da média
Curitiba 103,0 149,5 69%
Ponta Grossa 89,4 164,4 54%
Londrina 61,0 159,8 38%
Maringá 71,4 152,3 47%
Guarapuava 173,0 203,7 85%
Foz do Iguaçu 92,0 194,7 47%
Umuarama 57,2 186,6 31%
Guaratuba 165,0 202,2 82%
Apenas em Antonina houve desvio positivo de chuva, 43,8 mm; foram computados 241,2 mm para uma média de 197,4 mm. O destaque novamente foi a anomalia de chuva negativa com mais de 100 mm nas Regiões Sul, Sudoeste e maior parte do Centro-Oeste, Oeste e metade sul do setor Noroeste. Os municípios de Cascavel e Pato Branco registraram os maiores desvio negativos, 185,9 mm e 182,7 mm, respectivamente.
Em Curitiba anomalia foi de -46,5 mm. Na Região Metropolitana de Curitiba foram três eventos de chuvas mais expressivas, nos períodos de 07 a 09, 19 e 29 e 30 de outubro. Curitiba registrou 8 dias com chuva acima de 1 mm, sendo a média histórica de 10 dias.
A primeira quinzena de outubro foi marcada por ondas de ar quente em boa parte do Paraná. Litoral, centro norte do Campos Gerais e nordeste, divisa com São Paulo, além da microrregião de Foz do Areia ficaram com temperaturas próximas da média histórica. Os demais setores registraram anomalia positivas de temperatura média do ar.
Em Curitiba a anomalia foi de 1,3 °C, enquanto vários municípios das Regiões centro-oeste, Oeste e Noroeste registraram anomalias de mais de 2,0 °C. Palmital, Toledo, Umuarama e São Miguel do Iguaçu tiveram os maiores desvios positivos, de 2,3 °C. Além dos desvios positivos de temperatura média, 26 cidades registraram valor igual ou acima de 40,0 °C.
Estiagem
O governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou, no dia 29 de outubro, a prorrogação por mais 180 dias do prazo de vigência do decreto anterior que declara o Paraná em situação de emergência hídrica devido à grave escassez hídrica. Com esse novo decreto, de número 6068, o uso da água para abastecimento público continua prioritário em relação às outras atividades.
A emergência hídrica decorre do longo período de estiagem em todo o Paraná. Nos últimos 12 meses, o déficit de chuva chegou a 650 milímetros na Região Metropolitana de Curitiba, onde tem sido mais grave o impacto no abastecimento público. O nível dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana atingiu um dos mais baixos de sua história na semana passada, com pouco mais de 27% da capacidade de armazenagem.
O diretor-presidente da Sanepar, Claudio Stabile, avalia como necessária a prorrogação do prazo da situação de emergência hídrica. “Vivemos uma situação bastante preocupante e as previsões não são animadoras. Fazemos mais um apelo à população para que faça uso racional da água e economize o máximo possível. Temos a META20 que propõe que cada um reduza em 20% esse consumo. Isso é fundamental para que tenhamos água nos reservatórios até a normalização das chuvas.”
