Arquivo/AN-PR

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab) e a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) decidiram prorrogar o tempo de permanência dos produtos de Páscoa nos pontos de venda até o dia 30 de abril.

“A situação causada pelo avanço do coronavírus (Covid 19) no Brasil exige responsabilidade e colaboração mútua de todos, especialmente no que diz respeito ao isolamento social recomendado pelas autoridades públicas de saúde. Com base neste cenário, as indústrias de chocolate, representadas pela ABICAB, e o setor supermercadista, representado pela ABRAS, optaram por prorrogar o tempo de permanência dos produtos de Páscoa nos pontos de venda de todo o Brasil até o dia 30 de abril”, diz texto sobre a medida.

“A recomendação para a permanência dos produtos por maior período visa garantir que os consumidores que não conseguiram acessar os itens até o feriado possam fazê-lo com tranquilidade e de forma segura. A Abicab e a Abras também estão lançando a segunda etapa da campanha #VaiterPáscoa, criada pela agência NBS, para informar aos consumidores sobre o prazo de disponibilidade dos produtos nos pontos de venda, com ações nas redes sociais e também nos supermercados e lojas”, continua.

O presidente da Abicab, Ubiracy Fonseca, diz que a adesão à campanha é opcional e que cada supermercado ou ponto de venda terá autonomia para decidir por quanto tempo os produtos ficarão disponíveis. “Há redes que já deixavam os ovos disponíveis por mais tempo após o fim de semana da Páscoa. Haverá liberdade para aderir ou não.”

Os ovos de páscoa e produtos de chocolate do gênero costumam ir aos supermercados em consignação. Logo, quando não são vendidos, retornam às fábricas para serem destruídos. Assim, o prejuízo de uma Páscoa mal sucedida para as indústrias do ramo seria grande. “Prejuízo, sem dúvida. Essa é a característica dos produtos sazonais”, comenta Fonseca.

Ainda não há estimativas de quanto se deixou de vender nesta Páscoa.

Segundo Fonseca, os mais prejudicados foram os pontos de vendas de shoppings: “Há supermercados que até acabaram com os estoques, mas os que têm lojas em shoppings podem ter sido mais afetados”, diz.