Rafael Danielewicz

No feriado de Natal (25/12/2020), Ezidio Guerino foi internado no Pilar Hospital, diagnosticado com COVID-19. Por ter 77 anos e apresentar algumas comorbidades (é cardíaco e tem sobrepeso), a notícia causou muita preocupação em sua família. Porém, a recuperação foi rápida. Ele passou 6 dias na UTI sem precisar ser intubado, e mais 4 dias em um quarto do hospital, recebendo alta em 03/01/2021.

Dias depois, Guerino enviou uma carta ao hospital demonstrando sua gratidão pelo atendimento recebido. Uma informação que chama a atenção é um relato de que ele foi internado anteriormente em outras quatro diferentes UTIs em Curitiba, classificando a do Pilar Hospital como a melhor de todas.

“Eu comecei a ter problemas cardiológicos em 1996, sendo internado três vezes. Também tive um internamento por hemorragia”. Em comparação a estas experiências anteriores, ele destaca a UTI do Pilar Hospital pelo calor humano e cordialidade de toda equipe como o principal diferencial. “Você não vê ninguém com cara triste. Sejam médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicóloga, pessoal da cozinha e da limpeza, são todos muito atenciosos. Isso dá um ânimo no paciente, que se sente encorajado a suportar aquele enclausuramento. É um atendimento de primeira linha”, afirma.

Outros fatores importantes citados pelo paciente são a alimentação (“comida temperada como se você estivesse em casa”, segundo ele) e a comunicação com a família durante o internamento. Uma psicóloga do hospital se encarregava de fazer videochamadas colocando Guerino e seus familiares em contato, o que suavizou significativamente a passagem por esse período difícil.

“Fiquei surpresa ao descobrir que os boletins por telefone costumam ser mais longos que os boletins presenciais, e trazem grande proximidade da equipe com a família”, comenta Elisa Bana, especializada em medicina intensiva e responsável técnica pela UTI do Pilar Hospital. “Desde o início da pandemia, com a necessidade de isolamento dos pacientes diante de uma doença grave e de alta mortalidade, nós nos preocupamos em criar estratégias para garantir o acolhimento dos pacientes e das famílias”, explica.

De volta para casa, Guerino recomenda que as pessoas continuem tomando cuidados para não serem contaminadas pelo novo coronavírus, sem “relaxar”. “Estamos às vésperas da vacina. Quem aguentou até agora, pode aguentar mais uns 90 dias até ser vacinado. É o que eu recomendo”.

Casos como o de Ezidio Guerino exemplificam o trabalho realizado pela equipe do Pilar Hospital, conforme aponta a Dra. Elisa Bana. “Temos tido resultados progressivamente melhores, e é muito gratificante comemorar cada vitória com os pacientes e suas famílias. Tenho muito a agradecer a essa equipe, que apesar do cansaço após todos esses meses, tem tido cada vez mais sucesso na linha de frente contra a COVID-19, e mantém o mesmo carinho e nível de cuidado excepcionais, desde o primeiro paciente”.