Marcos Correa / Presidência da República – O ministro da Saúde

Nesta quinta-feira (26) faz um mês desde a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Foi no dia 26 de fevereiro, com um caso em São Paulo. De lá para cá, os casos só fizeram aumentar. O ministro da Saúde, Luiz Hnerique Mandetta, disse nesta quarta-feira (25) que por enquanto as projeções sobre o avanço da doença se confirmam. Até quarta, eram 2.433 casos em todo o País e 57 mortes.

Do dia 26 de fevereiro até o dia 6 de março, os casos se mantiveram estabilizados, mas a partir do dia 7 de março os casos começaram a subir e, a partir do dai 15 de março, dobravam a cada dois dias e meio, em média. O Ministério da Saúde prevê um pico de casos entre meados de abril ou maio.

Como local de maior circulação do novo coronavírus no país, São Paulo também lidera o número de pessoas infectadas, com 862 casos confirmados. Em seguida, o Rio de Janeiro (370), Ceará (200), Distrito Federal (160), Minas Gerais (133) e Rio Grande do Sul (123).

Boletim da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), da tarde de ontem, mostrava que o Estado estava com 97 casos confirmados, número que pode passar de 100 hoje. Em um dia, foram 27 casos a mais que um dia antes, e 3.588 em investigação. O número de casos em investigação praticamente dobrou em um dia.

No município, eram, até quarta, 56 casos confirmados — dez a mais que na terça-feira — e 135 suspeitos. O boletim mostrava também que a Capital tinha cinco internamentos, um em estado grave.

Além de São Paulo e Rio, regiões Norte, Nordeste e Sul também registram óbitos

O número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) chegou a 57 no País, conforme atualização do Ministério da Saúde publicada nesta quarta. Pela primeira vez desde o início da pandemia, foram registradas mortes fora dos epicentros do surto no país, São Paulo e Rio de Janeiro. Falecimentos em razão da covid-19 ocorreram em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Amazonas.

O total de mortes marca um aumento de 11 em relação a terça, quando a contabilização marcava 46 vítimas que vieram a óbito por conta da infecção. Na segunda-feira, eram 25 falecimentos. Do total, 48 foram em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, uma no Amazonas, uma no Rio Grande do Sul e uma em Pernambuco.

O Rio Grande do Sul tinha até ontem 123 casos confirmados. Santa Catarina, também no Sul do País, tinha 109 e o Paraná, 97.

Prefeitura e governo vão seguir com o isolamento

Tanto o governo do Estado quanto a Prefeitura de Curitiba divulgaram, ontem, que vão continuar seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) de manter o isolamento social, mesmo depois da fala do presidente Jair Bolsonaro na noite de terça-feira, criticando essas medidas.

O prefeito de Curitiba, Rafael Greca, fez um pronunciamento via canais oficiais da Prefeitura pela manhã, onde comentou sobre a crise do novo coronavírus (COVID-19). Em seu discurso, afirmou que a cidade continuará seguindo as recomendações da OMS.

O mesmo fez o governo do Paraná. “O governo do Paraná seguirá como planejamento de isolamento social”. Essa foi a resposta passada por um dos assesores do governador Carlos Massa Ratinho Junior, após ser questionado sobre o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro em que este minimizou os riscos da pandemia e criticou a política de isolamento determinada pelo Ministério da Saúde.

De noite, o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, reforçou em videoconferência com diretores das 22 regionais do Estado, a orientação de que todas as medidas adotadas pelo Governo do Estado para o enfrentamento do coronavírus estão mantidas.

Beto Preto salientou a importância dos Planos de Contingência Municipais para a pandemia. “Teremos pelo menos mais 120 dias de pico de enfrentamento do coronavírus e os planos municipais de contingenciamento são fundamentais. Além de assegurar a aplicação de medidas preventivas para a população, comprovam a utilização correta de recursos por parte dos gestores”.

Segundo o secretário, os recursos repassados pelo Governo Federal aos Fundos de saúde estadual e municipais, que somam mais de R$ 55 milhões, devem ser direcionados para o enfrentamento da pandemia.

Defesa Civil do Paraná organiza rede de solidariedade com a sociedade

A Defesa Civil do Paraná organizou uma rede de solidariedade com apoio da sociedade civil. Em poucos dias, o Governo do Estado recebeu cerca de 150 mil litros de álcool para distribuir a entidades sociais e cinco toneladas de peróxido de hidrogênio, usado na limpeza e assepsia de ambientes, como hospitais e unidades de saúde.

O Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado do Paraná (Rodopar) e a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (Fepasc) colocaram as frotas à disposição para auxiliar nas ações de enfrentamento ao coronavírus.

E hotéis de Curitiba, Medianeira (Oeste), e Guaratuba e Pontal do Paraná, no Litoral, disponibilizaram seus espaços para o alojamento dos profissionais da saúde. O Estado também conta com o aplicativo Paraná Solidário, que permite que a população faça doações diretamente a entidades assistenciais.

Empreendedores de inovação se uniram no movimento #StartupsVsCovid19, que conta com apoio do Governo do Estado. A ideia é compartilhar soluções que ajudem a minimizar o impacto econômico e social da epidemia do novo coronavírus, além de facilitar o acesso à informação para o cidadão. A iniciativa é paranaense e está ambientada no LinkedIN, rede social voltada para os negócios. Mais de 50 startups do Brasil e de outros lugares do mundo já se cadastraram.