SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ex-ministro Antonio Palocci assinou o acordo de delação premiada com os procuradores da força-tarefa da Operação Greenfield.

É o terceiro acordo celebrado por ele. A colaboração será ainda homologada na 10ª Vara Federal de Brasília.

Palocci contou aos procuradores sobre a atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fundo de pensão. Entre eles o acordo feito para que a Funcef e a Petros entrassem como acionistas da Norte Energia, proprietária da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Palocci está em Brasília desde a segunda (7) para prestar depoimentos aos investigadores da Greenfield, que investiga desvios nos maiores fundos de pensão do país.

Em um depoimento sobre o assunto que já se tornou público, Palocci acusou os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff de interferência indevida nos fundos, o que ambos negam.

Em outro depoimento, prestado na condição de testemunha em uma ação penal contra Lula no DF, ele acusou Lula de acertar com um lobista pagamentos a um dos filhos do ex-presidente.

O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil já assinou dois acordos de colaboração: com a Polícia Federal de Curitiba e com a PF de Brasília.

Alvo da Lava Jato, ele ficou preso por mais de dois anos no Paraná até conseguir transferência para prisão domiciliar em novembro. À época, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região validou seu acordo firmado com a Polícia Federal e autorizou a saída dele do regime fechado.