BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O vice-presidente Hamilton Mourão defendeu as reformas em discussão no governo Jair Bolsonaro, como a da Previdência, e afirmou que lhe conforta saber que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) “saberão tomar as decisões que nosso país precisa”.


Mourão participou de solenidade de abertura do ano do Poder Judiciário, no plenário do Supremo, na manhã desta sexta-feira (1º), em Brasília.


Ele representou Bolsonaro na cerimônia.


O presidente da República está internado em São Paulo, no hospital Albert Einstein, onde se submeteu a uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia que usava desde o atentado sofrido na campanha.


Antes do discurso de Mourão, o presidente do tribunal, ministro Dias Toffoli, voltou a defender um pacto para a aprovação das reformas da Previdência e tributária.


O vice-presidente afirmou que o Estado precisa atentar às suas funções básicas.


“Sem profundas mudan- ças no modelo de desenvol- vimento econômico que permitam desenvolvimento sustentável e sem educação de qualidade ocorrerá que a sociedade, e, em particular, a parcela mais necessitada de serviços básicos, continuará sendo empurrada para a informalidade e cada dia mais distante daqueles serviços essenciais e que são responsabilidade do Estado: saúde, educação e segurança”, afirmou Mourão.


“Por isso o país precisa de reformas estruturantes, que ensejarão discussão nas diversas instâncias do Poder Judiciário. Conforta-nos saber que esta Suprema Corte tomará as decisões que nosso país precisa”, afirmou.


A reforma da Previdência nesta sexta também foi tema no Congresso Nacional.


O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o texto da reforma da Previdência que o governo enviará ao Congresso “já está pronto”.


“O texto já está pronto, o presidente só vai escolher”, disse Lorenzoni, que assumiu nesta sexta seu mandato de deputado para poder votar na eleição para presidente da Câmara.


Lorenzoni declarou ainda que Bolsonaro tem uma série de alternativas para a reforma da Previdência.


“Quem vai ter a última palavra é o presidente. A equipe do professor Paulo Guedes [ministro da Economia] continua com muito cuidado, zelo e talento construindo uma proposta que vai consertar a Previdência que está aí”, afirmou Lorenzoni.


Quando lhe foi perguntado sobre quando o texto seria enviado ao Congresso Nacional, Lorenzoni respondeu que o governo não vai adiantar a estratégia que adotará.


Depois de deixar o plenário da Câmara, onde participou da cerimônia de posse dos deputados federais eleitos, Lorenzoni se dirigiu para a sala da liderança do DEM na Casa.