Geraldo Bubiniak – Apesar do aumento grande de casos neste ano

Embora concentre 5,44% da população brasileira, o Paraná foi responsável ao longo da última semana por 7,49% dos casos novos de Covid-19 registrados em todo o país. Foram mais de 100 mil diagnósticos da doença divulgados pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa-PR), com o estado apresentando ainda a segunda maior taxa de incidência entre todas as unidades federativas.

O levantamento, que considera os dados divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde, mostra que entre os dias 15 e 21 de janeiro o Brasil registrou um total de 831.877 casos novos de Covid-19, com 104.134 diagnósticos no Paraná. Nesse mesmo período, 1.800 brasileiros morreram em decorrência da infecção causada pelo coronavírus, com o falecimento de 33 paranaenses.

Quando considerada a taxa de incidência Covid-19, o Paraná, com 897,9 registros por 100 mil habitantes, foi superado apenas pelo Espírito Santo, que divulgou 55.139 diagnósticos ao longo de uma semana, com uma taxa de 1.342,07 casos novos por 100 mil habitantes. Em números absolutos, apenas os estados de Minas Gerais (133.412) e do Rio de Janeiro (133.653) tiveram mais casos novos de Covid-19 registrados nos sete dias analisados.

Apesar da incidência elevada de casos, com relação aos óbitos o Paraná apresentou uma taxa de mortalidade abaixo da média nacional. No país, essa taxa ficou em 0,84 registros por 100 mil habitantes na semana analisada, enquanto no Paraná esse valor foi de 0,28. Apenas os estados do Acre (que não registrou falecimentos) e o do Sergipe (com seis registros nos últimos 7 dias e taxa de 0,26 por 100 mil habitantes) tiveram uma incidência menor de óbitos causados pela doença pandêmica.

Elevação da média móvel e tendência de piora do quadro sanitário

Considerando que o Paraná somou 104.134 casos novos de Covid-19 num período de 7 dias (entre os dias 15 e 21 de janeiro), temos um cenário no qual o estado apresenta uma média móvel de 14.876 diagnósticos divulgados diariamente. Um número bastante elevado, especialmente considerando que 14 dias antes essa média móvel estava em 4.192 – ou seja, em duas semanas houve elevação de 254,87% na média móvel de casos novos de Covid-19.

Aos poucos, o maior número de infecções também vem refletindo na média móvel de óbitos. No dia 21, com o registro de 33 falecimentos ao longo de sete dias, o Paraná apresentava uma média móvel de 4,71 óbitos diários provocados pelo SARS-CoV-2. Duas semanas antes, esse valor era 50% menos, em 3,14.

É possível verificar, portanto, uma tendência de piora no quadro sanitário, tanto com relação às contaminações como com relação aos óbitos, tendo em vista que variações de até 15% (para mais ou para menos) indicariam estabilidade no cenário, enquanto valores superiores a isso indicam tendência de piora nos indicadores e valores menores, tendência de melhora.

Sintomas

Priorizar o isolamento

A Secretaria Municipal de Ssaúde de Curitiba orienta para que as pessoas com sintomas leves se isolem imediatamente e, se houver necessidade, entrem em contato, prioritariamente, com centrais de atendimento remoto em Saúde (teleconsulta, videoconsulta) a que tiver acesso (público ou privado). Curitiba oferta o atendimento pela Central 3350-9000, diariamente, das 8h às 20h.

A SMS reforça que a população não deve deslocar para as UPAs em casos de sintomas leves, priorizando o teleatendimento.

As UPAs são destinadas ao atendimento de casos de urgência e emergência em saúde, aquelas situações que não podem esperar, que acarretam em risco a vida do paciente ou agravamento do quadro de saúde.

A recomendação é que, antes de sair de casa em busca dos serviços do SUS Curitibano, o cidadão verifique onde o atendimento que busca está sendo ofertado.