O Paraná e a Rússia assinaram na tarde desta quarta (12) um protocolo de intenções para desenvolvimento de vacina contra a Covid-19. O protocolo abre a oportunidade de o governo do Paraná, através do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), participar dos testes e da produção da vacina Sputnik V no Brasil. O acordo foi firmado durante reunião por videoconferência com o governador Ratinho Júnior (PSD), representantes do governo do Paraná, Tecpar, Ministério da Saúde, Anvisa e embaixada da Rússia. A Sputnik V foi anunciada como a primeira vacina contra a Covid-19 registrada no mundo pelo o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira (11).
A Anvisa, entanto, ainda não recebeu nenhum pedido para liberação ou autorização de pesquisas ou de testes dessa vacina no Brasil e enquanto isso não acontecer, os trabalhos não começam. A previsão mais otimista do Tecpar, que será o laboratório parceiro da Rússia no Estado, é de que a vacina seja distribuída no Brasil no segundo semestre de 2021. “Não vamos avançar se não tivermos anuência dos órgãos reguladores, como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. Ainda é uma fase inicial”, disse o biólogo Jorge Augusto Callado Afonso, diretor-presidente do Tecpar à reportagem do jornal O Estado de S Paulo.
O convênio prevê testes da fase 3 em paranaenses. Caso a tenha aval da Anvisa, o Paraná estará autorizado a produzir e distribuir a vacina em seu território, o que daria vantagem na transferência de tecnologia. O convênio permite ainda que o Estado saia na frente em eventual campanha de vacinação. O modelo é semelhante ao da parceria entre o Instituto Butantã, em São Paulo, e a empresa chinesa Sinovac Biotech, cuja vacina também está na fase três de testagem.
Mais informações em breve