Os estados do Mato Grasso do Sul e do Paraná estão entre os com maior índice de consumo de cigarros ilícitos no País. Segundo pesquisa Ibope realizada em 2019, no Paraná 77% de todos os cigarros em circulação são ilegais, sendo que 71% destes são contrabandeados — em sua maioria do Paraguai. O montante movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão em 2019 para o crime organizado.

Das 10 marcas mais vendidas, sete são contrabandeadas, sendo a campeã de vendas a paraguaia Classic, que lidera com 28% de participação. Entre os municípios mais afetados pelo contrabando no Estado estão a capital paranaense, Maringá, Londrina, São José dos Pinhais, Colombo e Paranaguá.

No Mato Grosso do Sul, 87% de todos os cigarros que circulam são contrabandeados, segundo a pesquisa.

Ontem, uma força-tarefa coordenada pela Receita Federal, com apoio do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), iniciou a destruição de mais de 75 milhões de unidades de cigarros contrabandeados, apreendidos ao longo do ano no Mato Grosso do Sul e no Paraná.
A carga, avaliada em cerca de R$ 18,75 milhões, foi transportada e destruída em Foz do Iguaçu.