Henry Milleo – O hipnoterapeuta David Bitterman e a paciente Juliana Hernandes Girardi

A hipnose começa a ser reconhecida e adotada pela medicina como método de tratamento clínico. E o Paraná já divide com o Rio de Janeiro o segundo lugar com o maior número de adeptos. Os dados coletados são da Pesquisa OMNI Brasil 2019 que apontaram 119 mil brasileiros já tratados com a hipnose clínica. O Estado de São Paulo liderou como a região que mais tem pacientes de hipnoterapia, o que representa 37,9% dos entrevistados. Rio de Janeiro e Paraná empatam na segunda posição com 10,3%, Minas Gerais ocupa a quarta posição com 4,8%, Rio Grande do Sul e Distrito Federal ocupa o quinto lugar com 4,1%.

Dos entrevistados, 76,6% já procuraram ajuda para resolverem problemas emocionais, mas as doenças físicas também são as causas dos atendimentos. Insônia lidera o ranking nacional com 22,53%, na sequência aparecem redução de peso com 13,89 %, problemas digestivos 6,53%, bruxismo com 5,47%, intolerância a glúten ou lactose com 3,37% e controle da diabetes com 2,11%.

As mulheres procuram mais o tratamento do que os homens. Hoje elas representam 62% dos pacientes e os tratamentos mais procurados são enxaqueca com 12,42%, problemas com aparelho reprodutor atingem 1,68% delas e endometriose 0,84%.

Juliana Hernandes Giradi, mestre em Ciência farmacêuticas, conta que iniciou o tratamento com o hipnoterapeuta David Bitterman, em Curitiba, por indicação e um amigo. “Eu já faço tratamento com outras terapias há uns três anos, que sempre me ajudaram a apagar ‘incêndios emocionais’, porém sentia que o problema nunca estava solucionado, pois sempre reaparecia”, conta. Ela relata que Hipnoterapia a ajudou na solução de traumas a ajudando a “reprogramar essas marcas. “Estou muito feliz, sentindo que estou evoluindo emocionalmente e que tenho o controle sobre minha vida”, afirma.

Bitterman, que também é diretor do Instituto Brasileiro de Hipnose e Terapias (IBHT), explica que a hipnose é uma ferramenta terapêutica, que nas mãos de terapeutas não oferece risco algum. “Como uma ferramenta, podemos utilizá-la em praticamente tudo. Ela pode ser um complemento a todas as terapias, uma integração a todas as abordagens e em alguns casos até uma alternativa”, conta.

Professor e estudioso do tema, Bitterman ressalta que a hipnoterapia pode auxiliar no tratamento da depressão, stress, fobias e medos, controle de ansiedade e pânico, compulsões e vícios. “A Hipnose faz com que o paciente ouça as sugestões, pois causa um “rebaixamento” do senso crítico, e assim, as sugestões têm uma eficácia muito maior”, diz.

No IBHT, a metodologia utilizada, segundo Bitterman, o tratamento é realizado em 6 etapas, onde o paciente tem a oportunidade de bloquear emoções negativas, ressignificar e dessensibilizar traumas, trabalhar mágoas, mudanças de comportamento, eliminar e transformar crenças limitantes e pensamentos negativos, e empoderar-se, aumentando auto-estima e auto-confiança. “Mas claro, tudo isso de acordo com a história de cada paciente”, ressalta Bitterman

Atualmente, a Hipnose é reconhecida pelos Conselhos de Medicina, Psicologia, Odontologia, Fisioterapia e Enfermagem, onde seu uso é aprovado, mas também é amplamente utilizada por Terapeutas Integrativos, que é uma prática reconhecida e recomendada pelo Ministério da Saúde. Mais informações sobre atendimento podem ser obtidas no www.hipnosecuritba.com.br e sobre cursos no www.ibht.com.br

Com isso, o método começa a figurar entre os recursos oferecidos por instituições de renome no mundo todo e também a hipnotizar o mercado brasileiro. A pesquisa revelou ainda que no primeiro semestre deste ano, houve uma maior incidência da hipnose nos tratamentos ligados a dores nos tratamentos de câncer e substituição de anestesias nos consultórios médicos e odontológicos.

SAIBA
Método OMNI
Os dados foram extraídos da Pesquisa OMNI 2019, instituto presente m 26 países e que possui processo terapêutico com ISO 9001. A pesquisa foi realizada online nos meses de julho, agosto e setembro de 2019, com pessoas de todas as classes sociais dos 26 Estados brasileiros e Distrito Federal.

Segundo informou o CEO da OMNI Brasil, Michael Arruda, o uso para alivio da dor começou na década de 50 nos Estados Unidos, quando foi constatado que a hipnose aciona substâncias que o corpo produz naturalmente e que tem uma ação analgésica, isso explica o crescimento na demanda na área esportiva para o tratamento de atletas e também para os pacientes de câncer. Outro dado importante registrado na pesquisa foi a procura da técnica para o tratamento infantil. Entre as crianças, a doença mais tratada é alergia que atinge 8% dos pacientes.

Uma sessão de hipnose clínica com o processo OMNI dura de 2 a 3 horas e, muitas vezes, é suficiente. No retorno, que ocorre entre 30 e 45 dias depois, verifica o estado do cliente, os resultados que ele atingiu e se necessário é feito um reforço. Em alguns casos é necessário, um segundo retorno, antes de encerrar o tratamento.

Para o CEO da OMNI Brasil, Michael Arruda, a hipnoterapia foge do padrão terapêutico convencional e tem foco em identificar e tratar a raiz do problema, não em minimizar os sintomas dos transtornos. “Resultados como o apresentado mostram que ela pode ser uma poderosa aliada de médicos, dentistas e outros profissionais de saúde, agindo diretamente na causa do problema em apenas três sessões”, afirma Arruda.

Perfil dos hipnoterapeutas
A pesquisa traçou também o perfil dos profissionais que trabalham com a hipnose clínica. 10% deles são médicos. Índice aumentou em 20% de 2017 a 2019, quando os profissionais da área de saúde juntos representavam apenas 8%.
No setor de hipnose clínica os homens ainda lideram. Eles representam 57,8. 22%, trabalham na área a 2 anos e 15,9% fizeram a formação de hipnose como alternativa de transição de carreira.
41,7% se dedicam profissionalmente apenas para a prática de hipnose clínica e 19% dos formados apresentam receita mensal acima de R$ 15 mil com os atendimentos.