Venezuelanas acolhidas em Curitiba no final do ano passado

No Brasil, são mais de 112 mil imigrantes que possuem trabalho formal, segundo dados de 2017 do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra). Neste cenário, o Paraná encontra-se em segundo lugar como estado que mais abriu vagas para estrangeiros, de acordo com a Coordenação Geral de Imigração (CGIg), também com dados daquele ano. Entre admissões e demissões, foram criadas 1.772 novos postos de emprego ao longo de 2017. Apenas Santa Catarina apresentou um saldo mais positivo, com 2.861 novas vagas. Logo atrás do Paraná, aparecem Rio Grande do Sul (1.644) e São Paulo (1.613).
Para estimular o debate entre indústrias, governo e sociedade civil, o Sistema Fiep promoveu o Fórum Empresarial de Empregabilidade e Empreendedorismo para Refugiados e Migrantes. “Muitos dos migrantes que chegam ao Brasil já tem uma formação e capacitação profissional, que podem ser rapidamente aproveitadas pelas empresas. O que dificulta a inclusão destes profissionais são aspectos burocráticos. No Fórum, procuramos trazer instituições que esclarecessem trâmites legais, processo de contratação e esclarecessem a importância de inserir os refugiados no mercado de trabalho”, explica Maria Cristhina de Souza Rocha, gerente de Projetos Estratégicos do Sistema Fiep.
Todos somos migrantes
“Uma em cada sete pessoas no mundo é migrante. Se agregarmos a esse número as pessoas de segunda e terceira geração, reconhecemos que, de alguma forma, todos somos migrantes”, analisou Manuel Hoff, Oficial Sênior de Programas da OIM, também presente ao Fórum.
Até abril deste ano, 2.108 estrangeiros que buscam uma nova oportunidade de vida no Brasil foram atendidos no Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas do Paraná (Ceim-PR), que completou dois anos de criação naquele mês.