
O saldo entre aberturas e fechamentos de loja com vínculos empregatícios no varejo brasileiro fechou 2018 de forma positiva, com mais 8,1 mil novas unidades. O Paraná contribuiu com um saldo positivo de 762 novos empreendimentos, se colocando entre os cinco principais estados, atrás apenas de São Paulo (3.883), Santa Catarina (1.706), Minas Gerais (940) e Mato Grosso (785).
O resultado do ano passado interrompeu uma sequência de três anos no vermelho, uma vez que, entre 2015 e 2017, o setor acumulou um fechamento líquido de 223,0 mil estabelecimentos comerciais em todo o País por conta da recessão. O estudo é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O segmento de hiper e supermercados se destacou positivamente em números absolutos (4.510), seguido pelo de lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (1.747) e pelas drogarias, farmácias e lojas de cosméticos (1.439). À exceção dos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-176) e de material de construção (-926), os demais ramos abriram mais pontos de venda do que fecharam no ano passado.
A última crise econômica teve início para o varejo em 2014 quando, segundo o IBGE, as vendas encolheram 1,7% em relação a 2013. Nos dois anos seguintes, o comércio apurou perdas reais de faturamento de 8,6% e 8,7%, respectivamente. Desse modo, entre 2014 e 2016, o volume de vendas do varejo acumulou retração de 20% em termos de volumes de venda.
Micros
A Lei Complementar 128, que criou a figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI), completou 10 anos em 19 de dezembro passado. Apesar de a lei ter sido sancionada em dezembro de 2008, a legislação só entrou em vigor em 1º de julho de 2009. No primeiro ano de vigência, em 2009, o Brasil tinha 44.188 empreendedores formalizados, e o Paraná, 3.382. Dez anos mais tarde, até 12 de janeiro de 2019, o número já ultrapassava 7,7 milhões no país e 479 mil no Estado.