José Fernando Ogura/AEN

Os atrativos turísticos do Paraná foram apresentados na 32ª edição da Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, no Rio Grande do Sul (RS). Durante três dias (de 5 a 8), o evento discutiu a retomada do turismo pós-Covid, com representantes de toda a América Latina.

A Festuris se consolidou como a mais efetiva plataforma de negócios turísticos da América do Sul e, neste ano, apresentou a proposta de retomada do setor, com destinos, empresas e trade turístico.

O diretor-presidente da Paraná Turismo, João Jacob Mehl, afirmou que o Estado tem centenas de belezas naturais para serem mostradas. “O trabalho de recomeço é difícil e precisamos mostrar o Paraná para o Brasil. O Estado é lindo e são essas oportunidades que temos que aproveitar”, disse.

De acordo com ele, além das Cataratas de Foz do Iguaçu, eleita uma das sete maravilhas do mundo, existem belezas naturais em Prudentópolis (Centro-Sul), no Litoral, Ponta Grossa (Campos Gerais), entre outras regiões.

“Estamos há quase um ano trabalhando para a recuperação e a retomada do turismo junto com instituições parceiras”, afirmou Jacob Mehl. Ele lembrou, ainda, que a maior área da Grande Reserva da Mata Atlântica fica no Estado do Paraná.

GRANDE RESERVA – A Grande Reserva da Mata Atlântica foi apresentada pela ONG SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) como um grande potencial do Estado para a retomada do turismo.

A iniciativa começou com a SPVS e a Fundação Boticário. Ao longo do tempo, novos parceiros aderiram ao projeto de exploração do turismo na área que abriga a Grande Reserva, que vai do Norte do litoral de Santa Catarina, envolvendo todo o litoral do Paraná, chegando ao Sul do litoral de São Paulo.

São 1,8 milhão de hectares de Mata Atlântica contínua que abrigam 100% da população mundial do mico-leão-da-cara-preta. “Foi uma oportunidade de apresentar ao público nacional e internacional esse grande potencial do Estado, que é o maior do mundo. A exploração do turismo na Grande Reserva tem potencial para gerar o desenvolvimento na região com inúmeros atrativos relacionados à biodiversidade e cultura que contam a história do país”, afirmou o coordenador do projeto e membro da SPVS, Ricardo Aguiar Borges.

“Neste momento de pandemia, vemos que as pessoas procuram experiências relacionadas com a natureza e é exatamente o tipo de atrativo que a Grande Reserva da Mata Atlântica oferece”, acrescentou.

A expectativa é desenvolver o turismo na região, em uma ação conjunta entre os três estados que abrigam áreas da Grande Reserva, criando um roteiro internacional.

PROTOCOLOS – A Festuris foi o primeiro evento da América Latina realizado de forma presencial desde o início da pandemia de coronavírus, no mês de março.

De acordo com o assessor técnico da Paraná Turismo, André Poletti, foram seguidos rigorosamente todos os protocolos de saúde exigidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul.

“Devido à pandemia, foi adotado o uso da tecnologia para mostrar como os protocolos de saúde exigidos pela OMS podem ser seguidos para receber os turistas em diversas ocasiões”, disse.

EVOLUÇÃO DO TURISMO – Paralelamente à feira, a programação envolveu palestras e estudos sobre a evolução do turismo pós-pandemia e o retorno de eventos presenciais.

Uma das tecnologias apresentadas foi uma máquina instalada na entrada da feira que mediu a temperatura dos inscritos através de uma câmera e confirmou a presença através de um leitor de crachá. Em seguida, a máquina liberou álcool em gel sem que o participante precisasse encostar em nada. Também foi exigido o uso de máscaras durante todo o período de permanência na feira.