PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O Parlamento Europeu reconheceu Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela nesta quinta-feira (31), aumentando a pressão sobre a União Europeia para que faça o mesmo.


Guaidó, que preside a Assembleia Nacional, declarou-se presidente encarregado do país no último dia 23.


No Parlamento Europeu, a resolução foi aprovada por ampla maioria: 439 deputados votaram a favor, 104 contra e houve 88 abstenções.


No último sábado (26), seis países do continente (Espanha, Alemanha, Portugal, Reino Unido, França e Holanda) deram oito dias para Maduro organizar novas eleições – as realizadas em maio de 2018 são consideradas fraudulentas pela opinião pública internacional.


O prazo expira no domingo (3). Se Maduro não seguir a orientação europeia, as maiores forças do bloco reconhecerão Guaidó como presidente encarregado.


O ditador acenou com a possibilidade de realizar novas eleições legislativas, mas não presidenciais.


Também na quinta, em reunião em Bucareste (Romênia), o conjunto dos ministros de relações exteriores europeus não chegou a uma declaração do mesmo calibre. Ficou acertado que alguns governos (como os de Alemanha, França e Reino Unido) irão compor, ao lado de autoridades de Bolívia, Equador e outros países latino-americanos, um grupo de coordenação de políticas para aproximar Maduro e o campo opositor, impedir a repressão violenta e construir as condições para a realização de novas eleições.


“Não se trata de uma mediação nem de criar vias de diálogo”, disse Federica Mogherini, alta representante da União Europeia para a política externa. “A ideia é monitorar o país no caminho rumo a eleições pacíficas, democráticas e livres.”