
O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (26), o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19). Até ontem, haviam vinte casos suspeitos da doença no país. Os casos suspeitos estão assim espalhados: Paraíba (1), Pernambuco (1), Espiríto Santo (1), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (2) e Santa Catarina (2) e São Paulo (11). Cinquenta e nove casos suspeitos foram descartados.
Passada a folia do Carnaval, o momento é de redobrar a atenção e os cuidados com saúde, especialmente com doenças tranmissíveis, como o coronavírus e a dengue. Nesta quarta, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná divulgou novo boletim da dengue. Até o momento eram confirmados 35.853 casos no Estado. Em uma semana foram 9.161 novos casos. Também ontem, a saúde atualizou o número de mortes de macacos por febre amarela — são 91 casos no Estado, sem nenhuma ocorrência em humanos.
No caso do coronavírus, o paciente foi atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira. O homem foi submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova. “Agora é que vamos ver como este vírus vai se comportar em um país tropical, durante o verão”, disse o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“Como vai ser o padrão de comportamento deste vírus, que é novo e tanto pode manter o mesmo padrão de comportamento de transmissão que apresentou no hemisfério Norte, onde, nesta época, está fazendo frio”, disse o ministro.
De acordo com o Ministério da Saúde, no mundo, já foram registrados mais de 80,2 mil casos do coronavírus em 34 países. Foram registradas 2,7 mil mortes causadas pela doença, sendo que os casos mais graves são aqueles que afetam pessoas com mais de 60 anos.
Dengue
Atualmente 329 municípios apresentam notificações para a dengue e 271 têm casos confirmados. Aumentou também o número de cidades em epidemia, eram 78 na semana anterior e agora são 93.
“Estamos no momento considerado de maior circulação viral da dengue, com o registro de muita chuva, mas com a permanência do calor e de dias abafados, situação propícia para a proliferação do mosquito transmissor da doença, que se reproduz facilmente em qualquer lugar que acumule água parada”, explica o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
“Por isso, nosso apelo e alerta semanal a todo paranaense para que ajude a combater a dengue, eliminando os criadouros do mosquito Aedes Aegypti. É importante lembrar que 90% dos criadouros estão nas residências, em ambientes externos e internos”, afirma.
Febre amarela
No caso da febre amarela, a preocupação é que a morte de macacos confirma a circulação do vírus no Estado. Apesar de não haver casos suspeitos em humanos, existe o risco. Para amenizar a siutação, existe a vacina para a doença, disponível em postos de saúde do Estado.
“Os casos de mortes de macacos sinalizam que o vírus está circulando no Estado, isso alerta para a necessidade de tomar a vacina contra a doença. A taxa de letalidade nos casos mais graves da doença é de 60%”, explica o secretário Beto Preto.
Ministério pode antecipar vacinação da gripe
A campanha nacional de vacinação contra a gripe pode ser antecipada no Brasil. A informação é do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que explicando que a campanha poderia ter início pelos estados do Sul, onde o frio chega mais cedo. Normalmente a campanha de vacinação contra a gripe tem início entre o fim de março e início de abril.
Segundo o ministro, a vacinação antecidapa é uma medida indireta para os casos de coronavírus. A imunização da gripe facilitaria o diagnóstico do corona, separando os casos quando há sintomas como febre e tosse. Apesar da intenção de antecipar a campanha, o ministro evitou falar em datas.
Em 2019, a campanha de vacinação começou no dia 10 de abril e se estendeu até 31 de maio no Paraná. No ano passado, associada ou não a outras comorbidades como, por exemplo, diabetes, obesidade e doenças cardiovasculares, hepáticas e renais, a infecção pelo vírus da Influenza provocou 129 óbitos no Estado de janeiro até o dia 18 de dezembro. Até esta data, a Saúde havia registrado 672 casos de síndromes respiratórias agudas provocadas pelo vírus Influenza.
Em Curitiba, ao todo, 553.047 pessoas foram vacinadas contra a gripe. A vacina é uma das formas de prevenção do vírus Influenza. Porém, é importante não descuidar de outras formas de evitar a gripe, como higienizar as mãos frequentemente com álcool gel ou lavá-las com água e sabão. Evitar aglomerações e locais fechados.