Crédito: Nana Moraes – Renata Sorrah em cena da peu00e7a “Preto”

“Diante do que transforma o mundo, eu respondo artisticamente”, afirma o dramaturgo, diretor e ator Marcio Abreu, que assina o texto e a direção do espetáculo “Preto”, que faz parte da Mostra do Festival de Curitiba 2018, com apresentações nos dias 04 e 05 de abril, às 21h, no Teatro José Maria
Santos.
A montagem da cia brasileira de teatro é composta por uma série de tentativas de diálogos encenadas por Renata Sorrah (em sua terceira peça com a companhia), Cássia Damasceno, Felipe Soares, Grace Passô, Nadja Naira e Rodrigo Bolzan. O músico Felipe Storino executa a trilha sonora
ao vivo.
Além de Marcio, a dramaturgia é também assinada por Grace Passô e Nadja Naira, e nasceu como desdobramento de um trabalho anterior, “PROJETO bRASIL” (2015). “Tanto uma quanto a outra não se constroem em cima de temas. PROJETO bRASIL não é uma peça sobre o país, assim como
PRETO não é uma peça exatamente sobre racismo. É uma peça criada a partir de perspectivas de pensar a coexistência, a afirmação das diferenças”, explica o diretor.
Articulado a partir da fala pública de uma mulher negra, o espetáculo é uma espécie de conferência sobre questões que envolvem o racismo, como a realidade do negro e da negra no Brasil atual, a maneira como lidamos com as diferenças e como cada um se vê em uma sociedade marcada pela
desigualdade.
“Preto” promove uma investigação a respeito da rejeição das diferenças na sociedade. Trata-se de uma tentativa de expandir, pelo viés da arte, as percepções sobre o outro e sobre os espaços de convivência, aprofundando a reflexão sobre a imagem social, ou seja, o impacto dos estereótipos.
Questionamentos do tipo “como eu me vejo?” ou “como o outro me vê?” acompanham o espetáculo.
Afinal, fica a pergunta: como reagir artisticamente diante da pluralidade cultural, política, étnica e racial?
Dramaturgia
Com início em 2015, a dramaturgia se desenvolveu durante as diversas residências artísticas realizadas em cidades no Brasil e na Alemanha. Entre as referências básicas que alimentaram o processo de criação estão a obra de Joaquim Nabuco, intelectual e político abolicionista brasileiro, que viveu no século XIX entre o Brasil e a Europa; o livro contemporâneo “A Crítica da Razão Negra”, do professor e cientista político camaronês Achille Mbembe; os escritos de Frantz Fanon; a literatura de Ana Maria Gonçalves e a da poeta e professora Leda Maria Martins, entre outros pensadores. “Elaboramos a dramaturgia ao longo dos ensaios. É resultado de uma série de conversas e estudos sobre temas que rodeiam essa peça”, conta Grace Passô. “A gente ensaiava, abria os ensaios para o público acompanhar e conviver com a gente dentro da sala de ensaio e conversávamos com esse público tentando entender outras perspectivas daquilo que estava sendo
criado ali”. “É uma obra sobre ela mesma, que se articula com autonomia promovendo possibilidades de leitura, fazendo emergir um leque de assuntos e temas diversos”, acrescenta Marcio.

Ingressos
A venda dos ingressos está disponível pelo site www.festivaldecuritiba.com.br, pelo aplicativo “Festival de Curitiba 2018” e nas bilheterias oficiais do evento, no ParkShoppingBarigüi, com funcionamento das 11h às 23h, de segunda a sexta; no sábado, das 10h às 22h e, aos domingos, das 14h às 20h; e no Shopping Mueller, de segunda a sábado, das 10h às 22h, domingos e feriados das 14h às 20h.
O valor dos ingressos para os espetáculos da Mostra vai de gratuito a R$ 70,00 (inteira) mais taxa administrativa.
Os preços para os espetáculos do Fringe variam de gratuitos a R$ 60,00 (inteira), além da taxa administrativa.
Clientes Ebanx têm desconto de 50% em espetáculos da Mostra e do Fringe.
O ingresso do MishMash custa R$ 40 (inteira) mais taxa administrativa.  
O preço da entrada do Risorama é R$ 70 (inteira) mais taxa administrativa.
O Gastronomix, este ano, custa R$ 12 (não consumível) mais taxa administrativa.
O Guritiba custa R$40 (inteira) mais taxa administrativa.

Ficha técnica
Direção: Marcio Abreu.
Elenco: Cássia Damasceno, Felipe Soares, Grace Passô, Nadja Naira, Renata Sorrah e
Rodrigo Bolzan. Músico: Felipe Storino.
Dramaturgia: Marcio Abreu, Grace Passô e Nadja Naira. Iluminação: Nadja Naira.
Cenografia: Marcelo Alvarenga. Trilha e efeitos sonoros: Felipe Storino.
Direção de Produção: José Maria | NIA Teatro. Direção de Movimento: Marcia Rubin.
Vídeos: Batman Zavarese e Bruna Lessa. Figurino: Ticiana Passos.
Assistência de Direção: Nadja Naira. Orientação de texto e consultoria vocal: Babaya.
Consultoria Musical: Ernani Maletta. Adereços | Esculturas: Bruno Dante.
Colaboração artística: Aline Villa Real e Leda Maria Martins.
Assistência de Iluminação e Operador de Luz: Henrique Linhares.
Assistência de Produção e Contrarregragem: Eloy Machado. Operador de Vídeo: Bruna Lessa. Operador de Som: Bruno Carneiro.
Produção Executiva: Caroll Teixeira.
Participação Artística na Residência realizada em Dresden: Danilo Grangheia, Daniel Schauf e Simon Möllendorf. Projeto Gráfico: Fabio Arruda e Rodrigo Bleque | Cubículo.
Fotos: Nana Moraes Produção: companhia brasileira de teatro.
Coprodução: Sesc São Paulo, HELLERAU – European Center for the Arts Dresden,
Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt am Main, Théâtre de Choisy-le- Roi – Scène
conventionnée pour la diversité linguistique.
Patrocínio: Petrobras e Governo Federal.
04 E 05 DE ABRIL ÀS 21H NO TEATRO JOSÉ MARIA SANTOS