Convidado por membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o pedágio no Paraná, o diretor presidente da Ecocataratas, concessionária que administra a BR-277, Evandro Couto Viana, admitiu nesta terça-feira (5) que o trecho de 14 km duplicado entre Medianeira e Matelândia, no oeste do Paraná, vai sofrer reajuste nos próximos dois anos.

Segundo Viana, a duplicação da BR-277 foi retirada do contrato original com o Ato 17, assinado durante o governo Roberto Requião e acatado pela Justiça Federal. As obras foram feitas a pedido do governo Beto Richa e custaram R$ 52 milhões. Para arcar com o custo de uma obra que não estava mais programada, serão implementados dois gatilhos de 3,82% em todas as cinco praças de pedágio da concessionária entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, que passam a valer a partir do dia primeiro de dezembro de 2013 e em primeiro de dezembro de 2014 – isso tudo sem contar a a reposição inflacionária, prevista em contrato.

Viana afirmou que a Ecocataratas registrou lucro de R$ 1,5 bilhão nos últimos 14 anos, . Para o mesmo período, ainda segundo o empresário, as despesas somaram R$ 1,3 bilhão.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pedágio, deputado Nelson Luersen (PDT), criticou o posicionamento do governo estadual diante das ações judiciais envolvendo a concessão das rodovias do estado – para ele, a administração pública tem sido omissa.

Os membros da CPI promovem nesta quarta-feira (6), às 19 horas, na Câmara Municipal de Ponta Grossa, e na quinta-feira (7), às 9 horas, em Guarapuava, também no Legislativo Municipal, reuniões extraordinárias com membros do poder público, entidades de classe, e a população em geral.