Com a paralisação do futebol brasileiro, em razão da pandemia de coronavírus, a maior parte dos jogadores passou a fazer quarentena em casa na companhia dos seus familiares. Não foi o caso do atacante Fernando Pacheco, do Fluminense. O jogador peruano não conseguiu viajar e diz estar aprendendo com a solidão do isolamento social.

“Desde pequeno vivemos sem o convívio diário com nossos parentes, em busca do nosso sonho. É um hábito que adquirimos, vivendo em alojamentos, outras cidades e, no meu caso hoje, em outro país. Mas a grande diferença nesse momento é o contato zero, mesmo com pessoas não tão próximas. Acredito que viver sozinho também é uma experiência, um aprendizado”, afirma o atleta de apenas 20 anos.

Pacheco chegou ao clube em janeiro deste ano, vindo do Sporting Cristal, do Peru. Por enquanto, soma apenas dois jogos com a camisa do Flu. Mas já balançou as redes. Ele foi justamente o último a marcar pela equipe, na vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, no dia 15, em rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.

Nesta quarta, o time e o elenco completaram dez dias longe dos gramados. “Tenho usado muito a internet para conversar com minha família e amigos no Peru. Com os aplicativos que facilitam as conversas em vídeo, podemos ver as reações das pessoas do outro lado, o semblante de cada um. É diferente de uma ligação telefônica, sem dúvida é mais reconfortante.”

Pacheco diz também que vem tendo contato com torcedores do Flu. “Recebo muito o carinho do torcedor tricolor. O hábito do exercício físico também ajuda mentalmente, tanto na percepção da manutenção das atividades quanto sensação de bem-estar. Tenho assistido séries e filmes, o que também ajuda a ficar mais calmo e passar o tempo”, conta.