A pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que 35% dos consumidores inadimplentes interessados em regularizar sua situação pelos próximos três meses querem tentar um acordo com os credores. A partir daí, a ideia desse contingente de devedores é parcelar o valor do débito pendente, destaca o levantamento.

O estudo revela ainda que 55% das pessoas com contas atrasadas acreditam na possibilidade de ter condições de regularizar as dívidas. Dentro desse contingente, 35% pretendem pagar integralmente e 16% querem fazer isso parcialmente. Por outro lado, 45% dos inadimplentes não se veem com condições financeiras de quitar as dívidas em um período de três meses.

Ainda de acordo com o levantamento, 75% dos entrevistados comprometeriam o pagamento de contas básicas. E outros 21% garantem ter uma situação confortável diante de todo esse cenário.

Esse resultado da CNDL/SPC Brasil mostra uma tendência já constatada na pesquisa sobre o impacto das dívidas na vida dos brasileiros, elaborada pelo serviço de cobrança digital Negocia Fácil em parceria com o Instituto Locomotiva. Divulgada recentemente, o levantamento aponta que 79% das pessoas em situação de inadimplência preferem pagar as dívidas diretamente para as empresas credoras, em vez de negociar com terceirizadas. Desse universo, 51% optariam em firmar acordos via computador, via site do credor.

O estudo Negocia Fácil/Instituto Locomotiva mostra ainda que 89% dos inadimplentes gostariam de ser mais ouvidos pelas empresas. O pedido vem num esforço de se chegar a um bom acordo. De acordo com a análise, 84% desse público acredita que as empresas não se importam realmente com os seus clientes, em meio ao empenho de fechar uma conciliação, mas somente com os seus lucros.