Geraldo Bubniak/AN-PR

A mais recente pesquisa semanal da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revela um dado preocupante sobre o combate à pandemia de Covid-19 no Paraná. De acordo com a sondagem, pelo menos 117 municípios do Paraná (37,1%) registram resistência da população em relação à vacina contra o coronavírus. A maior rejeição é com relação ao imunizante Astrazeneca, da Fiocruz (54,6%), seguido da Coronavac, do Butantan (42,2%). Para vencer a resistência a imunização, a pesquisa da CNM indica que 97,1% das cidades entrevistadas (97,1%) no Paraná realizam campanhas de comunicação para incentivar a vacinação. O levantamento foi realizado de 10 a 13 de maio e contou com a participação de 315 municípios paranaenses.

A sondagem descobriu também que em 91 municípios paranaenses (28,9%), faltaram doses de vacinas na semana passada. Nos municípios que apontaram falta de doses, 37,4% (34 municípios) disseram que não receberam primeiras doses suficientes e 62,6% (57 cidades), estão com escassez segunda dose. A vacina que registra maior falta da primeira dose no Paraná, segundo a pesquisa da CNM, é a Coronavac (54%), seguida da Astrazeneca (44%). Já no caso da segunda dose, a Coronavac é o maior problema nas cidades do Paraná, já que 68 cidades (81,9%) apontam escassez do imunizante do Butantan.

No Paraná, 197 municípios (62,5%) iniciaram na semana passada ou retrasada a vacinação de grávidas e puérperas contra a Covid-19. Outras 114 prefeituras (36,2%) ainda não iniciaram a imunização deste grupo prioritário. O número de cidades que começaram a vacinação do grupo de comorbidades é maior: 269 (85,4%).

Falta de kit entubação e oxigênio
Dos 315 municípios do Paraná que responderam ao questionário da confederação, 54 disseram que há risco iminente de falta de kit de intubação, o que corresponde a 17,1% dos entrevistados. A proporção dos municípios que preveem risco de falta de oxigênio é menor: 34 (10,8%).

62,2% dos prefeitos decidiram pelo fechamento total das atividades não essenciais
A pesquisa perguntou se durante a semana passada, os prefeitos decidiram pelo fechamento total das atividades não essenciais devido ao avanço da pandemia. Segundo a pesquisa, 196 cidades decidiram pelo fechamento total de atividades não essenciais, ou seja 62,2%.

Faltaram vacinas contra a Covid-19 em 322 Municípios para aplicação da primeira dose e em 1.142 para a segunda dose da imunização. As informações constam da pesquisa semanal realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O levantamento foi realizado de 10 a 13 de maio e contou com a participação de 3.051 Municípios de todo o país.

Em todo o Brasil, 92% das cidades apontam falta de vacina
Segundo informações dos gestores municipais, a Coronavac é a vacina esperada por 92% dos Municípios que relataram a falta de imunizante para concluir o esquema vacinal daqueles que já tomaram a primeira dose. A pesquisa também aponta que a vacinação nos grupos de grávidas e de pessoas com comorbidades já começou em milhares de cidades.

O levantamento feito pela CNM faz uma raio-x do enfrentamento à pandemia e mostra que mais de 2,5 mil Entes locais já imunizam o grupo com comorbidades. A quantidade de Municípios que realizam a vacinação de grávidas passou de 1.305 para 1.846 Municípios, da semana passada para esta. Vale destacar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão da Astrazeneca em gestantes para investigar a morte de uma jovem de 35 anos, após a primeira dose da vacina.

Mais de 97% dos gestores municipais promovem campanhas de conscientização para incentivar a população a tomar a vacina. Ainda assim, 957 gestores afirmam haver resistência da população em relação à vacinação, principalmente em relação à produzida pela Fiocruz. Medidas para restrição de circulação ou fechamento do comércio ainda são mantidas em 2.050 Municípios.