O mandato da atual diretoria do Atlético foi prorrogado até 5 de maio de 2008. A decisão foi tomada na assembléia geral extraordinária da última sexta-feira. A reunião foi marcada porque nenhuma chapa se inscreveu para a eleição — o prazo terminou em 6 de dezembro.
O objetivo da prorrogação é permitir que os novos filiados possam participar da escolha da diretoria para o biênio 2008/2009. Pelo estatuto, só podem votar sócios com um ano de filiação. Hoje, cerca de 1.000 estão nessa situação. Como o Sócio Furacão foi lançado em janeiro de 2007, a expectativa é que 3.000 estejam em condições de votar até maio.
“A idéia é trazer mais sócios para o clube, que exista um engajamento maior por parte deles”, explicou Marcos Malucelli, coordenador jurídico e conselheiro do clube. “Esperamos que apareçam novas lideranças”, justificou.
Até 5 de maio, o Conselho Deliberativo fica obrigado a marcar uma nova assembléia, que poderá tomar três decisões: escolher a nova diretoria, convocar novas eleições e prorrogar o mandato do atual grupo. A prorrogação não poderá ultrapassar dezembro de 2009, quando o estatuto obriga a realização de novas eleições.
Malucelli defende que Mario Celso Petraglia seja candidato para o Conselho Gestor e João Augusto Fleury, para o Conselho Deliberativo. Na prática, os dois trocariam os cargos. Segundo o conselheiro, não há indícios de que exista um movimento de oposição dentro do quadro associativo.
Fleury e Petraglia ainda não anteciparam se pretendem permanecer no comando do clube.
Além da questão política do clube, outro assunto que dominou a assembléia de sexta-feira foi a luta do Atlético para trazer a Copa do Mundo de 2014 para Curitiba. “Pelo que sabemos, o Governo do Estado não fez qualquer movimento para que Curitiba seja uma das sub-sedes”, criticou Malucelli. “A própria Prefeitura não tem feito o movimento condizente com a importância do evento”, disse. “Estamos praticamente sozinhos nessa luta”, lamentou.