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Uma investigação sigilosa da Polícia Federal identificou que, aproveitando o período de isolamento social decorrente da pandemia do coronavírus, criminosos estão invadindo dispositivos eletrônicos residenciais em diversas regiões do País. Os investigadores da Unidade de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil da PF já identificaram a invasão de 141 equipamentos na residência de famílias que vivem em 35 municípios do País.

Aproveitando que famílias estão em casa por conta do vírus, criminosos usam a deepweb (uma espécie de internet paralela) para acessar imagens internas das residências.

Segundo as investigações, os criminosos conseguem ter acesso, em tempo real, às filmagens das “babás eletrônicas” e dispositivos chamados de “câmeras IP”, como aquelas de segurança residencial.

A partir do momento em que conseguem êxito nas invasões, eles passam a ter acesso à rotina diária da família e, dessa forma, conseguem praticar outros crimes, como extorsão.

A investigação ainda está em curso e a PF desconfia que um número muito maior de cidades e famílias podem ter sido alvos. Para chegar aos invasores, os investigadores têm atuado em colaboração internacional com outras agências de segurança.

Por meio de sua assessoria, a corporação informou que investigações sobre autores, modus operandi e a possibilidade de existirem outras invasões seguem em andamento. “Por essa razão, a PF não comentará detalhes sobre a investigação. O objetivo neste momento é o de fazer um alerta à população”, diz.

SAIBA COMO CORRIGIR PROBLEMAS DE SEGURANÇA DAS CÂMERAS

1) Verificar o modelo da câmera junto ao fabricante, se há alguma atualização que corrige problemas de segurança. Caso não tenha confiança para atualizar o sistema da câmera, buscar ajuda com um técnico ou um conhecido:

Exemplos:
. Instruções para câmeras Dahua: https://dahuawiki.com/Firmware/Update_Camera_Firmware_via_NVR (em inglês)
. Instruções para câmeras ONVIF: https://www.youtube.com/watch?v=YTjC_dqvIio

2) Verificar se a câmera possui algum acesso externo. É comum usuários domésticos configurarem câmeras para serem vistas fora de casa. Este tipo de configuração se não tiver os devidos cuidados pode expor a câmera para invasores. Este tipo de configuração muitas vezes é referido como “dmz” ou redirecionamento de portas. Na Internet é possível achar uma série de guias conforme abaixo. Caso o usuário tenha optado por esta funcionalidade, recomenda-se desabilitar até que um técnico especializado possa avaliar e realizar uma configuracao mais segura. Infelizmente não há um guia padrão para este tipo de configuração, ela vai variar de acordo com o equipamento (modem) Internet do usuário. Novamente em caso de dúvidas, buscar ajuda com um técnico ou usuário experiente:

. https://www.tp-link.com/pt/support/faq/28/
. http://blog.marvinsiq.com/2014/04/16/configurando-o-dmz-roteador-arris-tg862-da-netvirtua/

3) Verificar as credenciais de acesso da câmera, trocar a senha e verificar se existem outros usuários configurados. Muitas câmeras possuem usuários de manutenção que podem ser acessados por invasores sem o conhecimento do usuário.

4) Por fim, na dúvida, se há o risco da câmera realizar uma filmagem de uma criança em condições vulneráveis (ex: num sofá, tomando banho, etc), sugere-se desligar a câmera até que seja possível configurar de forma segur