A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ontem que vai recorrer da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A assessoria de imprensa do órgão informou que o recurso será preparado pela subprocuradora-geral Lindôra Maria de Araújo, braço-direito do procurador-geral Augusto Aras e responsável pelos processos da Lava Jato no STF.
A defesa do ex-presidente Silva afirmou que a decisão “reconhece a incompetência” do ex-juiz Sergio Moro para julgar Lula, algo que os advogados apontam há cinco anos. Em nota 8, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins comemoraram a decisão, mas afirmam que ela não repara os danos causados ao ex-presidente, que ficou preso por 580 dias, entre abril de 2018 e novembro de 2019.
A defesa afirma que as acusações formuladas contra Lula eram “absurdas” e “jamais indicaram qualquer relação concreta com ilícitos ocorridos na Petrobras.