
O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná caiu 2,6% em 2016, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na pesquisa de Contas Regionais de 2016. Naquele ano, segundo o levantamento, a economia brasileira encolheu 3,3%, resultado negativo que se disseminou em praticamente todas as unidades da federação. Apenas Roraima, com 0,2%, teve alta no Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o IBGE, os resultados de Roraima e do Distrito Federal, que teve estabilidade do PIB em 2016, podem ser explicados pelo peso do setor governamental, que cresceu 3,3% e 0,6%, respectivamente.
Embora com queda, o Paraná está no grupo de 12 estados que tiveram resultados melhores do que a média nacional. O grupo inclui a alta de 0,2% de Roraima, o resultado estável do Distrito Federal, e quedas que vão de -1,4% a -3,1%, com São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, que ocupam a 2ª, 3ª, a 4ª e a 5ª posição no ranking dos PIBs estaduais. Os cinco estados com maior PIB concentram 64,4% da economia brasileira.
Com participação de 6,4% no PIB nacional, o Paraná teve crescimento de um porto porcentual nessa classificação e manteve a quinta posição na relação das maiores economias do País. Exceto em 2013, a colocação é mantida desde o início da série histórica, em 2002. Em 2013, o Rio Grande do Sul alternou sua posição relativa com o Paraná, mas voltou ao quarto lugar em 2014. (Veja a publicação do IBGE)
Outros estados
Principal fatia do PIB, a participação de São Paulo na economia brasileira cresceu em meio à crise. Em 2015 e 2016, anos de recessão, o PIB de São Paulo passou a responder por 32,5% da economia brasileira, crescendo 0,5 ponto percentual em relação a 2014. Nos anos anteriores, o estado vinha perdendo sua participação no PIB total, que chegou a ser de 34,9% em 2002.
Em 2016, a economia paulista ficou entre a dos 12 estados que tiveram resultados melhores do que a média nacional.
A pesquisa mostra que a retração econômica que o país enfrentou naquele ano foi mais acentuada no Amazonas, onde o PIB caiu 6,8%, no Piauí e em Mato Grosso, ambos com queda de 6,3%.
As outras 15 unidades da federação tiveram quedas mais acentuadas do que a média nacional. No grupo, está o Rio de Janeiro, segundo maior PIB do Brasil, com uma queda de 4,4% em apenas um ano.
O Rio responde por 10,2% da economia nacional, enquanto Minas contribui com 8,7% do PIB, e Rio Grande do Sul e Paraná somam 6,5% e 6,4%, respectivamente.
Entre 2002 e 2016, Tocantins foi estado brasileiro cuja economia mais cresceu, dobrando de tamanho. O estado da Região Norte avançou em um ritmo médio anual de 5,2%, somando 103,4% no período. Mato Grosso cresceu 89,1%; Roraima, 79,5%; Acre, 76,8%; e Piauí, 72,7%.
Entre todos os estados do país, o Rio de Janeiro foi o que menos cresceu no período, com uma alta média de 1,6% ao ano, somando 25,3% entre 2002 e 2016.
Quando avaliada a renda per capita, que é o PIB dividido pelo número de habitantes, o Distrito Federal tem o maior resultado do país, superando a média nacional em mais de duas vezes. O PIB per capita no DF é de R$ 79.099,77, enquanto o do Brasil é de R$ 30.411,30. A menor renda per capita do Brasil é a do Maranhão, que tem R$ 12.264,28, valor bem próximo ao do Piauí, que soma R$ 12.890,25.