SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um forte tufão, considerado o mais violento a atingir o Japão em 25 anos, atingiu nesta terça-feira (4) o centro-oeste do país, paralisando o transporte e obrigando milhares de pessoas a deixarem suas casas.

Ao menos sete pessoas morreram, informaram as agências de notícias Kyodo e Jiji, e cerca de 170 ficaram feridas, segundo a TV estatal NHK.

O tufão Jebi, o 21º da temporada na Ásia, atingiu Tokushima (sudoeste), na ilha de Shikoku, e avança em direção ao centro do arquipélago, de acordo com as autoridades.

Um homem na faixa dos 70 anos morreu após aparentemente ter sido levado pelo vento de seu apartamento em Osaka, enquanto um homem de 71 anos morreu após ser soterrado em um edifício que desabou.

Com ventos entre 160 e 190 km/h na parte central, Jebi é o tufão "mais forte desde 1993", disse Ryuta Kurora, responsável da agência nacional meteorológica.

Em algumas áreas, o nível das marés é o mais alto desde um tufão em 1961, segundo a NHK, com águas cobrindo as pistas e a área de carga do aeroporto internacional Kansai, em Osaka, forçando seu fechamento.

As autoridades emitiram alertas para a retirada de mais de 1 milhão de pessoas de suas casas. Mais de 700 voos foram cancelados devido aos ventos fortes e chuvas pesadas.

O trem-bala entre Tóquio e Hiroshima foi suspenso e em Kyoto uma parte do teto da estação ferroviária desabou. Lojas de departamento da região de Osaka decidiram fechar suas portas e diversas escolas pelo país cancelaram as aulas.

Várias empresas, incluindo Toyota, Honda e Panasonic, suspenderam a produção, enquanto outras pediram aos funcionários que ficassem em casa e mais de 1,4 milhão de residências e edifícios ficaram sem energia elétrica, de acordo com a imprensa local.

Um tufão é um ciclone tropical em que os ventos atingem altas velocidades -ao menos 119 quilômetros por hora. O fenômeno recebe esse nome quando ocorre na região do Pacífico Noroeste. Quando atinge o Atlântico Norte e no centro ou leste do Pacífico Norte, é chamado de furacão.

Segundo a gerente administrativa de Redação da Folha Juliana Laurino, que está em Tóquio a trabalho, apesar do vento e da chuva forte, a rotina da cidade não mudou na terça. "As ruas continuaram lotadas, nada caiu, nada voou", conta.