O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) composto do Brasil recuou de 52,5 pontos em setembro para 51,8 em outubro, informou nesta terça-feira, 5, a IHS Markit. Apesar da diminuição, o resultado ficou acima de 50 – que separa a contração da expansão – pelo quarto mês consecutivo.

“As empresas indicaram o melhor ganho de vendas desde março, o que levou à recuperação mais forte nos níveis de empregos em mais de 56 meses”, ressalta a economista da IHS Markit, Pollyanna de Lima, no relatório da empresa. O movimento foi puxado pelos prestadores de serviços, que realizaram contratações na taxa mais rápida dos últimos quatro anos e meio, apesar de o emprego no setor industrial ter ficado estagnado.

Outro destaque do mês foi o crescimento dos custos dos insumos e de preços cobrados no setor privado, que tiveram recorde de alta de cinco e de sete meses, respectivamente.

“Muitos provedores de serviços mencionaram que a valorização do dólar continuou a exercer pressão ascendente nas suas cargas de custos”, pontua a economista da IHS Markit. “Embora esse aumento nos preços cobrados de prestação de serviços possa restringir o crescimento da demanda, as empresas continuaram absorvendo parte da carga adicional de custos”, completa.

Serviços

O PMI do setor de serviços de outubro também registrou uma leve desaceleração na comparação com setembro – de 51,8 para 51,2 – indicando arrefecimento no ritmo de melhora da atividade. O setor de Finanças e Seguros teve o maior crescimento nas vendas. No mês, apenas dois setores tiveram queda: Transporte e Armazenamento e Serviços Imobiliários e Empresariais.

Respondendo ao aumento das cargas de custos no mês, as empresas de serviços aumentaram suas taxas em outubro. “A inflação de preços cobrados foi sólida no contexto dos dados históricos, tendo aumentado e atingido o seu ponto mais forte em quase quatro anos”, diz a IHS Markit em relatório.