Divulgalção PMPR

A busca a cerca de 30 homens que atacaram neste domingo, 17 de abril, a sede da Proforte, no bairro dos Estados, em Guarapuava, na região central do Paraná, segue nesta segunda-feira, 18 de abril. Segundo as informações do secretário de segurança, Romulo Marinho Soares, em uma entrevista coletiva nesta manhã, em Guarapuava, as buscas estão concentradas na área rural das cidades de Pitanga e Palmeirinha, para onde os atiradores fugiram após a tentativa frustrada de assaltar a empresa. 

Homens da PM foram enviados para o município já nesta madrugada de segunda-feira. Ainda conforme o coronel cerca de 200 homens farão a busca pelos foragidos. A PM pede a ajuda da população para passar qualquer informação sobre a presença de pessoas estranhas na região. 

Ainda conforme relato dos policiais, o grupo se utilizou de 8 veículos, dos quais 5 blindados. No momento da fuga, houve troca de tiros, dois Policiais Militares (PMs) ficaram feridos, sendo um em estado grave. Ele levou um tiro na cabeça e está internado em coma. Um civil também teria se ferido, mas sem risco de morte.

Para o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da PM, o modo de operação do grupo, que tentou fechar os quarteis e também as saídas da cidade, foi o mesmo utilizado em Criciúma (SC) e Araçatuba (SP). “Nós já tínhamos a informação de que  havia a possibilidade de o Paraná estar na mira dos bandidos”, disse.

Por conta disso, segundo o coronel uma grande operação para proteger as principais bases de valores do estado foi colocada em prática. “Por isso, conseguimos preservar a população, agindo de forma a evitar um confronto na área urbana quando conseguimos levar esses indíviduos para fora  cidade”, explicou. “Não iremos sair da região antes de capturar todos”, afirmou. As investigações serão conduzidas pela Polícia Militar do Paraná que contará com o apoio da Polícia Civil e das Forças de Segurança Nacional.

Conforme o comandante do 16º Batalhão, coronel Joas Marcos Carneiro Lins, a ação durou cerca de três horas e o alvo era a empresa Proforte, que não chegou a ser roubada. Segundo ele, os criminosos fugiram sem conseguir executar o assalto que tinham planejado. “Já tínhamos um plano de contingência, devido aos fatos que estavam ocorrendo em várias regiões do Estado. Assim que o ataque foi iniciado, conseguimos bloquear os acessos para as rodovias e eles fugiram para a área rural, onde ainda estão sendo procurados”, disse.

Sobre a existência de reféns e outras ações, o coronel Hudson disse que a Polícia Militar recebeu telefonemas com o intuito de atrapalhar o trabalho policial, como as notícias falsas de fuga em presídios na região e roubos a bancos. “A informação de que os bandidos teriam feito um refém dentro da empresa não se confirmou”, disse. 

O prefeito de Guarapuava Celso Goes, presente a entrevista coletiva realizada em Guarapuava, afirmou que apesar do susto, a rotina da cidade, com o funcionamentos dos serviços municipais e comércio já voltou a normalidade.