Divulgação/PCPR

Duas pessoas, que foram presas em flagrante durante a confusão ocorrida no Largo da Ordem, Centro histórico de Curitiba, nos últimos dias de Carnaval devem ser transferidos da Central de Flagrantes para o 1º Distrito Policial (DP). De acordo com o delegado titular do 1º DP, Danilo Zarlega, eles deverão ser ouvidos no inquérito que foi aberto pela Polícia Civil para investigar os atos de vandalismos ocorridos, por três dias consecutivos no Largo. 

A hipótese de que os movimentos tenham sido organizados pela redes sociais está entre as principais linhas de investigação. “Além disso, para que possamos apurar quem são os culpados, é importante que as vítimas venham fazer Boletins de Ocorrência, porque até agora apenas três pessoas prestaram queixa”, disse o delegado durante entrevista realizada na manhã desta quinta-feira, 27. Os acusados devem responder pelos crimes de danos ao patrimônio e furtos.

Mais imagens foram divulgadas pela PCPR e Guarda Municipal com o objetivo de que mais pessoas possam ajudar na solução do caso. “Com mais pessoas vendo essas imagens é possível que os suspeitos sejam reconhecidos”, disse Zarlenga. De acordo com o delegados, informações podem ser repassadas ao disque denúncia da PCPR. 

Zarlenga afirmou ainda que as imagens de câmeras de segurança cedidas pela Guarda Municipal seguem sendo analisadas. Equipes de investigação realizam diligências a fim de coletar informações e provas que contribuam no trabalho de identificação e qualificação dos indivíduos envolvidos nos crimes. Enquanto isso, o reforço da segurança na região continua até o próximo fim de semana. A decisão foi tomada em reunião realizada na Prefeitura na tarde desta quarta-feira (26).

“Serão mantidos os módulos móveis, as viaturas do Policiamento de Proximidade Ostensivo (PPO) e o patrulhamento a pé, principalmente ao redor dos locais em que houve casos de depredação, nos últimos dias”, afirmou o secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Guilherme Rangel, presente à entrevista. “Não podemos descartar que estes mesmos indivíduos queiram ir ao local novamente para desafiar as autoridades policiais”, disse. 

Rangel disse ainda que, apesar do Carnaval de Curitiba ter sido manchado pelo ocorrido, as autoridades policiais irão trabalhar para que isso não ocorra mais. “Isso nunca tinha ocorrido em Curitiba, isso não é costumeiro e não iremos permitir que ocorra novamente”, declarou o secretário. Ele reiterou que o Carnaval oficial teve 40 eventos na cidade e em nenhum houve esse tipo de confronto. “Temos de mudar isso. Eu não entendo uma pessao que sai de casa para atirar garrafas e um profissional fardado”, disse. “Essa é uma questão cultural que precisa ser mudada”, afirmou o secretário Rangel.

Rangel afirmou ainda que nos próximos dias deve ser finalizado o projeto chamado de Muralha Digital, que será capaz de fazer a leitura facial dos suspeitos. “Essa é uma reivindicação antiga que deve ser atendida, em breve, pelo prefeito Rafael Greca”, disse