Policias da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) desmantelaram uma quadrilha que distibuia de grande quantidade de maconha e cocaína em Curitiba e Almirante Tamandaré, na região metropolitana. Durante as investigações, que duraram aproximadamente cinco meses, foram identificados membros da quadrilha criminosa que abastecia cerca de 30 pontos de venda de drogas. Ao todo foram presas 24 pessoas e apreendidos cerca de 410 quilos de maconha, 700 gramas de cocaína, 30 gramas de crack, uma pistola 9 milímetros, um revólver calibre 38 com numeração raspada, 77 munições, sete balanças de precisão, R$ 28.028,00, e material de contabilidade dos valores auferidos pela quadrilha com a venda de drogas.

A Operação Bruma, contou com o apoio da 1.ª Vara Criminal de Almirante Tamandaré, que deferiu as medidas que determinaram a restrição da liberdade dos integrantes desta associação criminosa e o cumprimento de 29 mandados de busca e apreensão em locais apontados como pontos de venda de drogas abastecidos pela quadrilha.

Segundo a delegada adjunta da Denarc, Camila Cecconello, as investigações foram focadas em Luis Francisco Delnobre, o Véio Tanguá, que em junho foi flagrado pela equipe de investigação em companhia de sua esposa Jocélia Aparecida dos Santos Delnobre com 158 quilos de maconha acondicionados em caixas de papelão no quarto da residência do casal, no bairro Abranches, divisa com o Município de Almirante Tamandaré. O objetivo era identificar o esquema de distribuição e pulverização da droga nos dois municípios. Antes disso, os policias da Denarc já tinam interceptado aproximadamente 248 quilos de maconha que estavam sendo transportados por adolescentes que vinham de Guaíra trazendo a droga para o casal, disse a delegada.

Esquema

Durante os cinco meses de diligências, a Denarc, investigou o esquema criminoso desenvolvido pela quadrilha, tendo percebido que Delnobre era o responsável pela distribuição da maconha para a maioria dos traficantes investigados. A quadrilha ainda era liderada por Bruna Gremski, por seu marido Fábio Sidney Ribeiro Leitão, o ‘Hermann’, e por Daniel Alves de Faria, responsáveis pelo recebimento e fornecimento da cocaína, que era distribuída aos demais traficantes, que repassavam a droga aos usuários, contou Camila.

Hermann passou parte das investigações recolhido no sistema prisional e parte em liberdade, já que fugiu da Colônia Penal Agrícola (CPA) e do antigo Centro de Triagem II. Contra ele e Bruna constam condenações de 14 e 17 anos de reclusão, respectivamente, pelos crimes de tráfico e porte de arma. No momento da prisão, ‘Hermann’ tentou fugir novamente, pulando através da cerca elétrica de sua residência, correndo pelos telhados das casas vizinhas, mas foi contido pelos policias, lembrou Camila.

Dalnobre, Bruna, Hermann e Faria contavam com o auxílio de funcionários que faziam entregas do entorpecente e recolhiam os valores oriundos do tráfico. Também foram presos os traficantes que adquiriam com frequência a droga vendida pelos investigados para distribuição nas biqueiras.