A Polícia Mitar (PM) informou, em nota que, instaurou um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as circunstâncias do tiroteio que resultou na morte de três policiais militares em Ivaiporã,  norte do Paraná a 318 quilômetros de Curitiba. A investigação, segundo a nota, irá apurar a motivação, entre outras questões pertinentes. “Todos os policiais presentes no local serão ouvidos, as armas e viatura utilizadas recolhidas para perícias e outros procedimentos adotados a fim de esclarecer esta tragédia. A Polícia Científica também esteve no local para os procedimentos cabíveis”, afirmou o tenente-coronel Luiz Roberto Costa, Comandante do 2º Comando Regional de Polícia Militar (2º CRPM).

A TRAGÉDIA

As informações iniciais apontam que por volta das 7h20 o soldado Lucas Santos Araújo chegou à Companhia Independente e atirou contra uma viatura composta pelo Subtenente Luiz Antônio Abba e pelo Soldado Robson Alves Medina que sairiam do quartel. O subtenente morreu na hora e o soldado Medina, que também foi atingido, foi socorrido e encaminhado em estado grave à UTI do Hospital local.

Em seguida, também houve a morte do policial soldado Santos (autor destes disparos); no entanto está sendo apurada ainda como esta morte ocorreu. Pouco depois das 10h foi confirmada a morte do soldado Medina no hospital. “Infelizmente, apesar de todos os procedimentos e da agilidade no encaminhamento, ele não resistiu e acabou falecendo na UTI”, conta o tenente-coronel Roberto.

HISTÓRIA

O Subtenente tinha 26 anos de corporação (ingressou em 1991) e 51 anos de idade, era pastor evangélico, casado e deixa esposa e duas filhas adultas. Já o soldado Medina, ingressou na Corporação em 2016, tinha 36 anos de idade e dois de Corporação. Ele era casado, deixa esposa e duas crianças. 

O soldado Santos, por sua vez, ingressou na PM em 2016, tinha dois anos de Corporação, 26 anos de idade, era casado e não tinha filhos. De acordo com informações da 6ª Companhia Independente, não possuía em seu histórico registro de transtornos psicológicos e nem de atestado médico, mas respondeu a dois procedimentos disciplinares internos recentemente.

Desde o Comando-Geral, passando pelo 2º Comando Regional da PM até o Comando da 6ª CIPM, todos estão consternados com o fato. “É lamentável ter que lidar com uma situação trágica entre irmãos de farda, algo sem precedentes, que choca toda a sociedade, mas Deus está acima de tudo. A Polícia Militar dará toda a assistência, que estiver ao alcance, às famílias dos policiais militares”, explicou. “O Comandante da 6ª CIPM está pessoalmente, com equipes policiais, acompanhando as famílias e os procedimentos”, conta o tenente-coronel Roberto.

O Comandante do 2º CRPM sintetizou o trágico evento com a mensagem do livro de Eclesiastes, no capítulo 3, que fala acerca do tempo para cada propósito, seja o tempo para nascer, o tempo para morrer, o tempo de chorar, de rir e de prantear.

Informações de velório e sepultamento serão repassadas em momento oportuno.