Soldado Fernando Chauchuti

Policiais militares e voluntários se uniram para tentar diminuir o sofrimento de pessoas em situação de rua na Capital durante a pandemia do coronavírus. Na terça-feira (11/08), o grupo Curitiba Sem Fome se reuniu na Praça Tiradentes para fazer a entrega de 200 lanches para as pessoas que vivem em vulnerabilidade social e que dependem da solidariedade do próximo para sobreviver.

A atividade contou com a criatividade da Banda de Música da PM, que mesmo com um calendário de apresentações apertado, fez questão de participar da ação social e levou a música como um alento para as pessoas mais sofridas. Os cadetes da Escola de Formação de Oficiais (EsFO) e policiais militares do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) também se uniram ao projeto e fizeram a entrega dos kits, ajudando na organização da fila para evitar aglomeração.

O chefe de Operações do Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), capitão Adriano Patrik Marmaczuk, explica que a criação do grupo foi tímida, com poucas pessoas envolvidas no projeto. “Em meio à pandemia percebemos o quando a população em situação de rua está sofrendo e decidimos fazer algo para minimizar o sofrimento”, disse.

Com ajuda de amigos e policiais militares de outras unidades da Capital, o grupo foi tomando corpo e hoje conta com dezenas de pessoas que auxiliam na arrecadação dos alimentos, no preparo dos kits e na entrega. A distribuição dos lanches ocorre a cada 21 dias, sempre às terças-feiras, na região central da cidade.

“Neste mês comemoramos o aniversário de 166 anos da Polícia Militar, e o nosso presente à sociedade, além da promoção de segurança pública, também é levar esperança e um pouco de comida para as pessoas que sofrem nas ruas”, explicou o capitão Patrik.

Ao acompanhar as atividades do grupo pelo Instagram, a cadete Thays Gomes Barroca Pinto se propôs a ajudar e também incentivou outros colegas cadetes a se integrarem ao grupo. Os futuros oficiais da PM e do Corpo de Bombeiros ajudaram na arrecadação dos alimentos, na montagem e na entrega dos kits.

“Nós fazemos algumas ações sociais e, conhecendo esse projeto, vimos a oportunidade para ajudar. No Curso de Formação de Oficiais aprendemos que trabalhamos em prol da comunidade e quanto mais nos aproximamos da população mais criamos a consciência de que trabalhamos juntos”, disse.