Uma ocorrência a cada hora. Essa é a frequência média de incêndios ambientais no Paraná em 2017, segundo dados do Corpo de Bombeiros. Até esta terça-feira (19), haviam sido 10.593 registros neste ano, quase igual ao mesmo período de 2016, quando foram 10.595 ocorrências com registro. E é justamente no verão, com tempo seco, altas temperaturas e baixa umidade no ar, que esse tipo de ocorrência se torna mais comum.

Por isso, a Eletrosul anunciou ontem o lançamento da Campanha Anual Contra Queimadas, que visa alertar sobre os riscos de realizar esse tipo de ação próximo à linhas de transmissão e subestações. Segundo dados do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Eletrosul, em 2017 grandes ocorrências de queimadas afetaram a rede elétrica nas regiões Centro-Oeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina.

Na edição 2017/2018, a campanha destaca o quanto essa prática indiscriminada pode ter consequências devastadoras, provocando desligamentos em cidades, casas, hospitais, fábricas e escolas. O trabalho de conscientização consiste em visitas domiciliares e distribuição de material educativo, por técnicos da empresa, durante inspeção de torres e linhas, nas comunidades do entorno de empreendimentos, durante período de maior estiagem nessas regiões.

Realizar queimadas próximo às linhas de transmissão, inclusive, constitui crime federal previsto no Decreto 2.661, de julho de 1998, que proíbe atear fogo numa faixa de 15 metros dos limites de segurança das linhas de transmissão de energia e de 100 metros ao redor das subestações.

Riscos
Além dos riscos para o setor elétrico, as queimadas prejudicam a visibilidade nas estradas, reduzem a produtividade da terra nas áreas de cultivo, provocam aumento da poluição e afetam a qualidade do ar. Os incêndios causam também inúmeros problemas ambientais e colocam em risco a vida de diversas espécies da fauna brasileira.