Basta baixar um pouco a temperatura para que se intensifiquem alguns problemas simples do cotidiano dos curitibanos, as temidas ites— rinites, sinusites, faringites, amigdalites e até otites (dor de ouvido). Mas não é à toa que Curitiba é considerada a capital da rinite. “Além das características naturais do clima local, temos uma série de coincidências que colaboram com essa condição”, afirma o otorrino do Centro de Rinite e Alergia do Hospital IPO, Paulo Mendes Jr.
“Curitiba é uma cidade razoavelmente grande e como tal acaba tendo também um determinado nível de poluição, o que também acaba atuando na piora dos quadros relacionados à saúde respiratória como um todo”, explica o especialista. A grande oscilação de amplitude térmica, como também a poluição, têm respostas diretamente relacionada aqueles tipos de rinite que não tem fundo alérgico.  
“Nesse cenário também podemos acrescentar que somos uma capital com baixa incidência solar — uma das provas disso é que grande parte dos curitibanos têm carência de vitamina D — o que também acaba sendo um prato cheio para a proliferação e disseminação de mofo e ácaros”, enfatiza. Além de tudo isso o médico ressalta que também temos uma cobertura verde na cidade muito bem espalhada e que, na primavera, auxilia na dispersão de um outro alérgeno, o pólen.
“O importante é sempre buscar o atendimento médico adequado e não praticar o auto medicamento”, frisa. Segundo o especialista, há algumas medidas que ajudam a evitar as crises. “Precisamos saber se a rinite tem fundo alérgico ou não, então é importante fazermos os testes”. De acordo com Mendes Jr, mesmo no frio, uma dica importante é deixar sempre os ambientes bem ventilados e estar sempre bem hidratado.