Em menos de dez meses, o prefeito de Rolândia, Johnny Lehmann (PTB), foi cassado duas vezes, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e pelo Fórum Eleitoral de Rolândia. Ele se mantém no cargo por ainda caber recurso a decisão. Mas poderá, em breve, sofrer mais um processo.

É que nesta quinta-eira (17) foi protocolado na Câmara Municipal do município um pedido de cassação pela fonoaudióloga Cristina Piretti, que faz denúncias de fraudes no sistema público de Saúde da cidade. Para ser formada uma Comissão Processante (CP), pelo menos dois terços dos votantes deverão acatar a reivindicação. O texto deve ser lido e votado em plenário na próxima segunda-feira (21), durante sessão ordinária marcada para as 18h.

Cristina acusa o município de manter convênios irregulares com o hospital São Rafael e de empregar cinco pessoas que não dão expediente como coordenadores ou gerentes de prontos-socorros. A denunciante também levanta suspeitas nas contas da Secretaria Municipal de Saúde nos anos de 2011 e 2012.

Johnny Lehmann, que se reelegeu em outubro do ano passado com 53,56% dos votos, afirma ser vítima de uma articulação da oposição para “causar barulho” e aponta, ainda, que o pedido deverá ser negado pela maioria.

Processos anteriores

O TRE cassou o diploma do prefeito em setembro deste anos por uso indevido de meio de comunicação social – o jornal Tribuna do Vale do Paranapanema teria publicado matérias favoráveis ao político durante o período eleitoral.

Já no Fórum Eleitoral de Rolândia, o petebista foi condenado por utilizar dinheiro público para publicidade eleitoral, desrespeitar o limite de gastos da prefeitura e também utilizar indevidamente os meios de comunicação para se promover durante a campanha.