Ricardo Marajó/FAS

A Prefeitura abrigou aproximadamente 500 pessoas por noite, de sexta-feira (5/7) a domingo (7/7), quando foram registradas as temperaturas mais baixas do ano na cidade. Com a previsão de frio intenso, a Fundação de Ação Social (FAS) ampliou o serviço de resgate das pessoas em situação de rua e trabalhou com capacidade máxima nas unidades para protegê-las do risco de hipotermia.

A medida será mantida pelo menos até a próxima quarta-feira (10/7), em função da continuidade do frio. Em noites mais quentes, cerca de 350 pessoas são abrigadas por noite.

Desde a última terça-feira (2/7), a FAS ampliou também o horário de recebimento de pessoas que buscam abrigo espontaneamente. Todas as casas de passagem receberam o público até as 23h, duas horas a mais do que nos dias normais.

A maior procura foi registrada na noite de sexta-feira, quando 399 pessoas chegaram às unidades em busca de acolhimento. No sábado, foram 372 pessoas e, no domingo, 392.

Balanço
Nos três dias de ação intensificada, a FAS fez 1.420 atendimentos para pernoite nos abrigos do município, sendo que a maior procura (496) foi na noite de sexta-feira, quando os termômetros registraram 1 grau negativo, com sensação térmica de – 4 graus, durante a madrugada.

Durante todo o fim de semana, as equipes realizaram 678 abordagens sociais, sendo que 575 delas foram solicitadas por telefone, principalmente da Central 156. Em 183 chamados, os educadores sociais se deslocaram até o endereço indicado, mas não havia ninguém no local.

Apesar do frio e da tentativa de convencimento dos profissionais que percorrem toda a cidade para oferecer acolhimento, 400 pessoas se negaram a ir para os abrigos, onde encontram banho quente, roupa limpa, cama com cobertores e alimentação, no jantar e café da manhã.

Na madrugada desta segunda, um homem foi encontrado morto pela Polícia Militar em rua do bairro Boa Vista. Ele foi encaminhado à UPA do Boa Vista, mas não resistiu. Ainda não se sabe a causa da morte. A FAS trabalha para identifcar se o homem era morador de rua.

Durante as abordagens, quatro pessoas precisaram ser encaminhadas para unidades de pronto atendimento por estarem bastante debilitadas e outras cinco precisaram do atendimento do Samu por estarem com risco de hipotermia.

Outras quatro pessoas preferiram voltar para suas famílias e uma recebeu passagens da FAS para retornar para o município onde morava, no interior do Estado.

Entre as pessoas que receberam acolhimento, nove tinham cães de estimação e foram abrigadas nas casas de passagem Jardim Botânico e Bairro Novo, que possuem canis.