A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, e o JA.CA – Centro de Arte e Tecnologia, lançaram o edital do Programa Bolsa Pampulha 2018/2019. Serão selecionados dez artistas ou coletivos para a realização de uma residência artística de seis meses em Belo Horizonte, seguida de exposição em equipamento cultural da cidade e da criação de uma publicação. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 10 de fevereiro de 2019, por meio do site www.bolsapampulha.art.br. O edital completo está disponível no mesmo endereço. A lista dos selecionados será divulgada em fevereiro de 2019.

“Após inaugurarmos seis exposições em 2018, é com imensa satisfação que abrimos o Bolsa Pampulha, projeto da Prefeitura de Belo Horizonte, pioneiro no país, de formação e fomento das artes visuais. Em sua sétima edição, ele traz a oportunidade de desenvolvimento de carreira para artistas visuais, com o acompanhamento de especialistas. A parceria com o JACA, realizado por meio de edital público reafirma o nosso compromisso de escuta e ampliação da participação da população”, comenta Fabíola Moulin, presidente da Fundação Municipal de Cultura.

Esta é a sétima edição do Bolsa Pampulha. O programa tem o propósito de estimular a produção e a pesquisa em artes visuais na capital mineira, contribuindo para o processo formativo da comunidade artística local e nacional.

Podem se inscrever artistas e coletivos de qualquer região do país. Os selecionados receberão bolsas no valor de R$ 12 mil (divididas em seis parcelas de R$ 2 mil) destinadas ao artista e mais R$ 5 mil exclusivamente para viabilizar a produção da obra. No período, os artistas ou coletivos serão acompanhados por críticos, curadores e artistas convidados. Como contrapartida, uma das obras criadas passará a integrar o acervo do Museu de Arte da Pampulha.

Por se tratar de um programa dedicado à produção emergente, todos os artistas (ou coletivos representados por um integrante) devem atender a pelo menos um dos seguintes pré-requisitos: ter entre 18 e 35 anos; ter realizado até três exposições individuais; ou ter até cinco anos de atividade artística, contando a partir da primeira exposição institucional.

Bolsa Pampulha

O Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte teve sua origem nos anos 1930 e, ao longo de oito décadas de existência, sempre com periodicidade bienal, foi se modificando. Em 2003, seu modelo foi transformado no Programa Bolsa Pampulha. A última edição foi a de 2015/2016.

Criado por Adriano Pedrosa, quando curador do Museu de Arte da Pampulha, o programa provoca discussão crítica sobre a prática dos artistas, propicia o intercâmbio cultural, experimentações e pesquisas entre artistas de uma nova geração, colocando Belo Horizonte nos importantes debates sobre a arte contemporânea.

Desde a sua criação, o Bolsa Pampulha tornou-se referência, projetando diversos nomes nacional e internacionalmente, como Cinthia Marcelle, Paulo Nazareth, Marilá Dardot, Janaína Wagner, Rafael RG, Marcellvs L, entre outros.

Museu de Arte da Pampulha

Projetado para ser cassino no início da década de 1940, sob a administração do prefeito Juscelino Kubitschek, o “Palácio dos Cristais” foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Foi somente em 1957, 11 anos depois da publicação do decreto de lei que proibiu a prática e exploração de jogos de azar em todo o território nacional, que o cassino recebeu, oficialmente, uma função cultural.

Com o estímulo do empresário de comunicação e mecenas Assis Chateaubriand, foi criado o Museu de Arte da Pampulha, a partir da Lei Municipal nº 674, de 23/12/1957. Nessa época, as políticas públicas culturais em Belo Horizonte eram gerenciadas pelo então Departamento de Educação e Cultura, que se encarregava, entre outras competências, de administrar os Salões de Belas Artes.

Em 1969, ao passar a receber obras de artistas de todo o país, os Salões Municipais de Belas Artes passaram a ser denominados Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte. Os melhores trabalhos eram expostos no Museu da Pampulha, que passava a incorporá-los ao seu acervo, formado hoje por cerca de 1.500 obras. Destacam-se trabalhos de Alberto da Veiga Guignard, Emiliano Di Cavalcanti, Ivan Serpa, Tomie Ohtake, Franz Weissman e Amilcar de Castro, além de uma significativa coleção de gravuras brasileiras, com importante produção de Oswaldo Goeldi.

Programa Bolsa Pampulha 2018/2019

Inscrições até o dia 10 de fevereiro de 2019

www.bolsapampulha.art.br