Ricardo Marajó/SMCS

A Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba inicia neste sábado (15)  a operação de inverno“Curitiba que Acolhe 2021” sem ter imunizado os servidores da entidade contra a Covid-19. A operação é uma das principais ações da FAS no acolhimento de pessoas em situação de rua durante o inverno. Na próxima terça (18), os servidores da FAS realizarão assembleia  para discutir ações para cobrar a vacinação urgente da categoria. Entre 17 de março de 2020 e 30 de março de 2021, 79 servidores da FAS foram afastados por Covid-19 e um deles morreu.

No primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, a FAS anunciou recordes de atendimento, com até 900 acolhimentos em um dia, e chegou a abrir 325 novas vagas de acolhimento, sendo 175 delas em abrigos emergenciais para acolher pessoas em situação de vulnerabilidade social com suspeita de Covid-19, aquelas que contraíram a doença ou são do grupo de risco. Por enquanto não houve aumento de vagas, porém, segundo Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), funcionários da FAS já percebem um aumento da procura pelos serviços, reflexo da crise social e econômica atual. Os servidores alegam que durante a operação de inverno, o perigo aumenta, já que muitos são remanejados para reforçar o serviço de acolhimento. O Sismuc questiona a demora da vacinação da categoria, já que até quem trabalha nos estabelecimentos particulares que abrigam idosos já foi imunizado contra a Covid-19. 

O Sismuc também alega que devido ao processo de terceirização da limpeza, não há equipes para higienização adequada dos equipamentos da FAS e que há falta de água nos equipamentos para realizar a higienização também dos usuários. Segundo o Sismuc, o distanciamento social de 1,5m também não é respeitado, contribuindo para maior risco de contaminação.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba informou que o  Plano de Vacinação contra a Covid-19 prevê a imunização dos trabalhadores da Fundação de Ação Social (FAS). “Esse, que é um dos grupos prioritários, vai ser atendido nas próximas fases. O cumprimento do plano de vacinação depende do ritmo de chegada das doses do imunizante ao município”, diz nota encaminhada à redação do Bem Paraná.