SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo liberou a maior parte das pistas que estavam interditadas na marginal Pinheiros desde a ruptura do viaduto na madrugada da última quinta-feira (15).

Dos cerca de 16 quilômetros de pista expressa que estavam bloqueados, dois trechos de cinco quilômetros cada um foram liberados no começo da tarde desta segunda-feira (19), anunciou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego): da ponte Octavio Frias de Oliveira (ponte Estaiada) até a ponte Eusébio Matoso, no sentido Interlagos/Castelo Branco; e da ponte João Dias até a ponte Octavio Frias de Oliveira.

“Isso é dinâmico. Nós todos estamos aprendendo com a reação da cidade em relação a essa perda da marginal. Portanto, algumas alterações que estão sendo feitas podem ser ampliadas ou podem ser substituídas por outras”, afirmou o secretário municipal de Transportes, João Octaviano.

Segundo o secretário, circulam pela marginal em média 1.500 carros por faixa de rolamento por hora. O trecho que antes estava bloqueado, de próximo à ponte do Jaguaré, na zona oeste da cidade, onde caiu o viaduto, até a ponte Transamérica, foi interditado para evitar o “efeito funil”: quando veículos ficam represados devido aos poucos acessos à pista local, sem opções de saída suficiente para escoar o fluxo da pista expressa.

Para evitar que isso aconteça, desde a última madrugada, a prefeitura começou a fazer obras para aumentar a quantidade de acessos: como remoção de calçadas e barreiras.

As intervenções anunciadas até agora são: na saída da ponte Edson de Godoy Bueno, próximo da ponte Transamérica, acesso que saía direto para a pista local passará a sair na pista expressa; na altura do CDP de Pinheiros, ampliação da transposição da pista local para a pista expressa de uma para três faixas, com remoção de canteiro e alargamento.

Além disso, em alguns locais, uma rua local será tratada como a pista local da marginal, e a pista local será transformada em pista expressa. É o caso da av. Fonseca Rodrigues, na altura do shopping  Villa Lobos.

Outra preocupação é com a logística do Ceagesp, entreposto de abastecimento. A prefeitura pedirá que a operação com caminhões não ocorra pelo portão da marginal Pinheiros, apenas na av. Dr. Gastão Vidigal.

A prefeitura não tem nenhuma estimativa de prazo para finalizar a obra do viaduto que cedeu na semana passada na marginal Pinheiros e também desconhece o tipo de técnica de engenharia a ser utilizada no local. Diante disso, decidiu recapear a pista expressa, enquanto essa permanecer interditada para o tráfego de veículos.

O viaduto que cedeu passa sobre os trilhos da linha 9-esmeralda da CPTM e é rota de acesso à rodovia Castello Branco, próximo ao shopping e ao parque Villa Lobos, a 500 m da ponte do Jaguaré. A ruptura criou um “degrau” de cerca de dois metros na pista, e as causas seguem desconhecidas.

Um agravante para essa indefinição sobre a técnica a ser utilizada no local é o desaparecimento do projeto original do viaduto, erguido na década de 1970 a partir de um convênio entre o município e a antiga Fepasa (companhia de trens). A prefeitura pediu ajuda ao governo paulista para tentar encontrá-lo.

FIQUE ATENTO

Interdição: parte da pista expressa da Pinheiros

Pistas liberadas: toda a pista local da marginal Pinheiros e trechos da expressa

Rodízio suspenso: no sentido Castello Branco, entre a av. dos Bandeirantes e a ponte dos Remédios

Rotas alternativas: av. Faria Lima, Pedroso de Morais, Prof. Fonseca Rodrigues e Doutor Gastão Vidigal

Trens da CPTM: circulação normalizada na linha 9-esmeralda

Causas da ruptura: ainda desconhecidas

Fim das obras: ainda sem nenhum prazo