SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A PRE-SP (Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo) propôs nesta terça (18) ações de investigação judicial eleitoral sobre o governador eleito João Doria (PSDB) e o presidente da Fiesp (federação de indústrias de São Paulo) Paulo Skaf, que foi candidato ao governo pelo MDB.

Em ambos os casos, são questionadas as publicidades feitas pelos dois em período pré-eleitoral.

O órgão pede a cassação da diplomação da chapa de Doria. Nesta ação, os procuradores questionam gastos com publicidade institucional da Prefeitura de São Paulo no primeiro semestre de 2018. O documento aponta que, nos primeiros seis meses deste ano, o gasto foi 79% maior que o mesmo período dos três anos anteriores.

No caso de Skaf, que ficou em terceiro lugar na disputa desse ano, a Procuradoria afirma que ele abusou do poder econômico e usou indevidamente meios de comunicação social como presidente da Fiesp e do Sesi e Senai de São Paulo.

"Toda a estratégia de marketing da campanha de Paulo Skaf no pleito de 2018 foi construída com recursos financeiros e humanos oriundos da Fiesp e do Sistema S da indústria de São Paulo, pessoas jurídicas de direito privado, proibidas de doar qualquer forma de recurso para fins eleitorais", diz a ação.

Procurado, João Doria se manifestou por meio da assessoria jurídica, que disse em nota que a ação "não revela qualquer indício de conduta eleitoral irregular". Segundo a nota, não foi apontada "a prática de um único ato do Poder Público que tenha promovido a pessoa do governador eleito e tampouco a existência de gastos de recursos públicos em benefício de sua candidatura".

O advogado de Skaf, Fernando Neisser, diz que seu cliente não foi notificado e não pode se manifestar sobre a ação. No entanto, reafirma "a legalidade e a correção de todos os atos praticados pelo presidente Paulo Skaf às frente do Sesi-SP, Senai-SP e Fiesp".