Uma professora de Itapejara do Oeste, no sudoeste do Paraná, tornou-se mais uma vítima da chamada ‘vingança pornô’ – quando um ex-parceiro divulga imagens íntimas de uma vítima com o objetivo de constrangê-la e denegrir sua imagem. O caso, que já foi denunciado à Polícia Civil, está sendo investigado e assusta a postura dos suspeitos, segundo relato feito pela delegada que comanda as investigações.

Segundo reportagem do portal G1, as imagens íntimas da professora teriam sido divulgadas por um ex-namorado em grupos de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp e o Telegram. A mulher só ficou sabendo da situação após ser avisada pela diretora da escola onde trabalha.

As imagens compartilhadas pelo ex foram feitas durante o relacionamento, que durou quatro meses, e mostravam o rosto da vítima. Em entrevista, ela falou sobre o impacto que o caso vem tendo em sua vida.

“As pessoas nãao imagimam como isso afeta a vida da gente. A vergonha, o constrangimento, não tem nad aque vá pagar, mas que, pelo menos, se faça Justiça, né?!”

Segundo ela, as imagens teriam sido divulgadas como uma forma de vingança. Ao mandar uma mensagem para o ex depois de ficar sabendo da divulgação das imagens, ela recebeu como resposta um “Você pediu por isso”.

A delegada Franciela Alberton já está investigando o caso e identificou a divulgação das imagens em grupos com mais de 150 pessoas. Pessoas que compartilharam as imagens já foram indiciadas e podem pagar caro pelo crime: desde setembro de 2018, a conduta se tornou crime e pode render pena de um a cinco anos de prisão.

Surpreende, contudo, a reação dos homens intimados por compartilhar as imagens. Um deles afirmou que não iria à delegacia por não ter tempo “para essas baboseiras”. Ja outro afirmou que quem deveria ser indiciada era “essa mulher aí que se deixou tirar foto pelada”.