Curitiba passou a contar com um novo programa de preservação e recuperação de imóveis do Centro Histórico. O lançamento do projeto Rosto da Cidade foi feito na tarde desta terça-feira (18/9) na região que abriga o Conservatório de MPB e o Solar dos Guimarães.

“Este programa é um sonho para mim, para devolver ao rosto sagrado de Curitiba a sua condição de dignidade. É um projeto antipichação e antivandalismo. Xô tranqueira e xô pichador”, afirmou o prefeito Rafael Greca.

Idealizado por Greca, o projeto visa a recuperação de imóveis em uma área de dois quilômetros quadrados do setor histórico e área central onde se pretende agregar valor e preservar uma série de edificações entregues ao abandono na região. Com investimentos de cerca de R$ 5 milhões, o projeto envolve uma série de intervenções na renovação das edificações, incluídos neste total os custos da pintura e reparos necessários.

Acompanharam o prefeito no evento o vice-prefeito Eduardo Pimentel, o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto, a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina Castro, o diretor da Casa da Memória, Marcelo Sutil, o presidente do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap), Alexandre Jarschel, a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra e o coordenador de projetos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Mauro Magnabosco.

Antipichação

A renovação, com pintura e a proteção antipichação, do conjunto de prédios que integram o Conservatório de MPB e o Solar dos Guimarães marca o início da primeira fase do Rosto da Cidade, na qual quatorze imóveis públicos municipais receberão nova pintura. Para o prefeito, a pichação é uma apropriação indébita do rosto da cidade.

“Os jovens têm espaço para se expressar em galerias de arte e demais espaços da cultura, com locais para o grafite. Não tem cabimento destruir imóveis públicos e privados. Vamos combater isso usando a tecnologia antipichação”, disse.

O projeto tem quatro etapas previstas. “A ideia é começar pelos prédios da Prefeitura e igrejas históricas e depois avançar em edificações particulares, a partir de convênio com proprietários a ser costurado pela Procuradoria do Município”, explicou o prefeito.

Na opinião do presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Serginho do Posto, o Rosto da Cidade simboliza mais uma ação positiva da Prefeitura. “É uma demonstração de zelo para com a cidade e o patrimônio histórico que faz parte da alma de Curitiba. Desejamos que o projeto possa expandir com o apoio de parceiros e que todos os curitibanos possam contribuir”, afirmou.

O responsável pela tecnologia antipichação que é aplicada por sobre a tinta, Fabiano Polak, lembrou que o Paço Municipal, as praças Espanha e Afonso Botelho já contam com a proteção do material impermeabilizante, num total de nove endereços públicos da cidade. “É um sistema de proteção do patrimônio contra poluição, pichações, infiltração, urina e vandalismo”, explicou.

Etapas

A segunda etapa do Projeto Rosto da Cidade compreende o Largo da Ordem, desde a Rua João Manoel (Praça João Cândido) até a Rua Barão do Serro Azul; e a Rua São Francisco, desde a Rua Barão do Serro Azul até a Rua Presidente Farias. A recuperação do pavimento da Rua São Francisco integra o projeto e deve ter início no primeiro trimestre do ano que vem.

A terceira etapa envolve as Praças Tiradentes, Borges de Macedo e Generoso Marques; a quarta etapa será o eixo entre as Ruas Barão do Rio Branco e Riachuelo e a quinta etapa a Rua Trajano Reis, desde o Setor Histórico até a Praça do Gaúcho.

Confira os imóveis que fazem parte da primeira fase do Projeto Rosto da Cidade

1. Casa Hoffmann

2. Casa Romário Martins

3. Casa da Memória

4. Memorial de Curitiba

5. Arcadas de São Francisco

6. Palacete Wolf

7. Casa do Artesanato

8. Conservatório de Música Popular Brasileira

9. Solar dos Guimarães

10. Cinemateca

11. Novelas Curitibanas

12. Cemitério Municipal

13. Solar do Barão

14. União Paranaense dos Estudantes