SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os economistas dos principais candidatos à presidência miram o ensino médio para melhorar a educação. O futuro do Brasil vai ser decidido em sala de aula, resumiu nesta segunda-feira (17) Eduardo Giannetti da Fonseca, um dos responsáveis pelo programa econômico de Marina Silva (Rede). 

“O futuro no Brasil não vai ser decidido nas reuniões do Copom, no pregão da bolsa ou nas profundezas do pré-sal, mas em sala de aula”, disse Giannetti em debate promovido pelo Lide, grupo de líderes empresariais, em São Paulo. 

No mesmo evento, Persio Arida, coordenador do programa de Geraldo Alckmin (PSDB), disse ser difícil discordar do Giannetti, pois ambos são “economistas liberais.”

Para Arida, não faltaria dinheiro para educação, mas ele é mal distribuído. 

“A relação entre gasto universitário e pré-universitário é a mais alta do mundo. A prioridade está invertida”, disse. 

Marcio Pochmann, assessor econômico de Fernando Haddad (PT), ressaltou que o gargalo na educação é o ensino médio. 

Para contornar o problema, ele propõe usar como modelo os institutos federais em parceria com o Sistema S -sistema criado para promover capacitação de mão de obra, cultura e lazer para o trabalhador, custado pela contribuição de empresas.

Ana Paula Oliveira, economista de Álvaro Dias (Podemos), falou na criação de cerca de 500 escolas técnicas focadas nas necessidades das empresas, em especial no campo digital. E propôs aulas em tempo integral com três matérias prioritárias: português, matemática e ciências. 

Já Mauro Benevides Filho, economista de Ciro Gomes (PDT), ressaltou a experiência bem-sucedida do Ceará no ensino, com uma política educacional focada em incentivos a professores e municípios em troca de bons resultados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).