Franklin de Freitas

Cerca de 1000 pessoas, segundo a Polícia Militar do Paraná, participaram do protesto contra o racismo e contra o governo Bolsonaro em Curitiba na tarde deste domingo (7). A concentração foi na Praça Santos Andrade, em frente as escadarias da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir das 14 horas.

Por volta das 15h30, cerca de 500  manifestantes seguiram em marcha pelas ruas do centro de Curitiba até o Centro Cívico, onde ficam a sede dos três poderes no Estado. “A manifestação foi pacífica e tranquila”, classificou o Coronal Hudson, da Polícia Militar, responsável pelo comando da operação durante a manifestação. Ao todo, oito pessoas foram presas, sete por porte de drogas e uma com um punhal. Por volta das 13 horas, um grande efetivo policial já seguia para a Praça Santos Andrade, no Centro da Cidade e por volta das 13h40, os policiais já revistam as mochilas dos participantes e cercavam as ruas próximas ao local do protesto.

Por volta das 18 horas, o Coronel Hudson afirmou que o policiamento seguiria reforçado nos terminais e praças centrais da cidade para garantir que não ocorresse nenhum tipo de problema. 

Após o ‘quebra-quebra´ na primeira edição da manifestação, na última segunda (1), que acabou em prédios públicos e particulares vandalizados, além de a bandeira do Brasil queimada e rasgada, bombas de lacrimôgeneo e balas de borrachas, tanto os manifestantes quanto a Polícia Militar (PM) tomaram cuidados extras. 

O que aconteceu na manifestação segunda-feira?

Na última segunda-feira, um protesto contra o racismo inspirado nas manifestações que vêm ocorrendo nos Estados Unidos, que começou pacificamente na praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), acabou em “quebra-quebra” e confronto entre manifestantes e a polícia, no Centro Cívico. Já após o final do ano inicial, que reuniu cerca de 1,2 mil pessoas, sem registro de incidentes, um grupo de participantes intitulados antifascistas decidiu sair em passeata até o Palácio Iguaçu, onde arrancaram a bandeira brasileira e a queimaram. O grupo saiu então em direção ao centro, quebrando portas e janelas de vidro, fachadas de bancos, do Fórum e da sede da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e do shopping Mueller. A PM reagiu com bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Oito pessoas foram detidas. Seis das oito pessoas detidas durante a manifestação seguem presas. A polícia civil já abriu inquérito para investigar os responsáveis pela destruição no final da manifestação e, segundo fontes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), novas prisões podem acontecer nos próximos dias. Os policiais analisam imagens do dia do quebra-quebra no Centro Cívico e monitoram as redes sociais. De acordo com informações ainda extraoficiais polícia, há uma grande possibilidade que outros grupos tenham se infiltrado na manifestação para causar os estragos