Franklin de Freitas – “O ex-governador Beto Richa (PSDB): Cida nu00e3o compareceu u00e0 convenu00e7u00e3o”

O PSDB confirmou ontem o lançamento da candidatura do ex-governador Beto Richa, em convenção estadual em Curitiba, à espera de uma definição do grupo da governadora e pré-candidata à reeleição, Cida Borghetti. Nem Cida, nem o deputado federal e marido da governadora, Ricardo Barros (PP), compareceram à convenção tucana. O motivo oficial seria uma viagem à Brasília. Apesar da ausência, Richa ainda esperar um acordo para manter a aliança com sua sucessora. Para isso, a exemplo dos demais partidos, a convenção tucana delegou à Executiva Estadual a decisão sobre coligações e chapas. Por lei, os partidos têm até domingo para oficializar candidaturas e alianças. 
Na semana passada, Barros deu as negociações com os tucanos como encerradas, depois que o ex-governador deixou de comparecer à convenção conjunta do PROS/PMB que confirmou o apoio à reeleição de Cida. Segundo o ex-ministro, a tendência seria Richa disputar o Senado como candidato avulso em um “acordo branco” com o candidato do PSD ao governo, deputado estadual Ratinho Júnior, que nega essa possibilidade. Desde então, Barros não deu qualquer interesse em  reatar a aliança e a governadora tem desconversado sobre o assunto, alegando que a decisão caberá aos partidos aliados, nas convenções que devem ocorrer no próximo final de semana. 
Apesar disso, Richa garantiu que o PSDB continua trabalhando pela manutenção da coligação. “Esse é o entendimento. Ainda ontem tivemos reuniões, onde todos os partidos que estiveram conosco até então, ou a maioria deles, querem manter unido esse grupo que venceu as últimas eleições”, disse o ex-governador. De acordo com ele, os partidos que apoiaram sua administração seguem demonstrando “A vontade de todos de apoiar a candidatura da governadora Cida Borghetti”. 
Questionado sobre a posição de Ricardo Barros, Richa também desconversou (Ele) Está articulando, está vendo o que é melhor dentro dessa articulação para apoiar a reeleição da Cida Borghetti. Mas os deputados estão motivados e animados com os avanços dessas negociações”, alegou. 
Já no discurso à convenção tucana, Richa reafirmou a intenção de manter a coligação, mas avisou: "Minha candidatura ao Senado é irreversível, com ou sem aliança. 
Chapa – A divergência entre Richa e o grupo de Cida surgiu depois que ele teria pedido que a chapa da governadora não incluísse o deputado federal Alex Canziani (PTB) como segundo candidato ao Senado. O tucano nega. Richa também descarta um “acordo branco” com Ratinho Jr, para que o candidato ao governo não lance nenhum nome forte para concorrer com ele ao Senado. Ele alega apenas que deputados do PSD de Ratinho Jr têm interesse em apoiá-lo. 
Pela manhã, o Democratas confirmou, em convenção, o apoio à candidatura de Richa e Canziarni ao Senado e à reeleição de Cida. “Caso aconteça do PSDB não ficar na coligação, o DEM tem o compromisso de apoiar sua vaga ao Senado", afirmou o deputado estadual e líder de Cida na Assembleia Legislativa, Pedro Lupion.

PRP e PSC definem apoio a Alvaro Dias
O Partido Republicano Progressista (PRP) decidiu em convenção nacional ontem, em São José do Rio Preto (SP), apoiar a candidatura de Alvaro Dias (Podemos) à Presidência da República nas eleições 2018. Mais de 50 pessoas participaram do evento – 30 convencionistas, que escolheram a coligação com o Podemos por aclamação. Para o presidente nacional do PRP, Ovasco Roma Altimari, o senador paranaense representa "equilíbrio" para o País.
"Alvaro Dias representa o equilíbrio e a união que o Brasil precisa. O Brasil não pode mais uma vez cair na armadilha da aventura", afirmou Altimari. "Ele é ficha limpa, bom de diálogo, sensível aos problemas do povo brasileiro e humilde”, afirmou o dirigente.
Também foi confirmado ontem o apoio do PSC à pré-candidatura do senador. Paulo Rabello de Castro foi anunciado como candidato a vice. A aliança foi confirmada em reunião da Executiva Nacional do PSC, realizada na sede do partido, em Brasília, com a presença de membros e dos presidentes das duas legendas, o Pastor Everaldo (PSC) e a deputada federal licenciada Renata Abreu (PODE).
"A essa altura do campeonato, nenhum candidato faz visita ao outro se não for para somar forças", disse Rabello. "Essa composição é que nem cebola, tem várias camadas. O núcleo é programático, aqui ninguém está falando de segundo, minuto ou cargo”, afirmou ele.  “Somos piloto e co-piloto em uma cabine de comando”, disse Rabello, ao afirmar que a aliança “é o primeiro passo para acabar com a picaretagem na política”. 
Ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rabello afirmou ainda que, em um eventual governo, uma das principais metas será “enriquecer os brasileiros”. “A principal negociação foi programática. O senador aceitou incorporar à sua proposta de governo nosso Plano de 20 Metas”, disse o Pastor Everaldo.