Wander Roberto / COB – Rayssa Leal

A brasileira Rayssa Leal, 13 anos, conquistou a medalha de prata no skate street feminino, na madrugada desta segunda-feira (26), pelo horário de Brasília. O ouro ficou com a japonesa Momiji Nishiya, 13 anos, e a também japonesa Funa Nakayama, de 16, levou o bronze.

Rayssa, de 13 anos, tornou-se a medalhista olímpica mais jovem desde os Jogos de Berlim, em 1936. A Fadinha também é a brasileira mais jovem a ganhar uma medalha olímpica na histórica.

Na final, as competidoras tinham duas voltas de 45 segundos e cinco manobras individuais. As quatro melhores notas eram computadas.

Rayssa concorreu ao pódio desde as primeiras pontuações. Na primeira volta de manobras de 45 segundos, Rayssa teve bom desempenho e somou 2,94, a terceira melhor nota da rodada. Na segunda, ela somou 3,13 e àquela altura estava atrás apenas da holandesa Roos Zwetsloot.

Nas manobras individuais, Rayssa caiu na primeira tentativa. Depois, levou 3,91. Na terceira, fez sua maior pontuação: 4,21. E assumiu a liderança. Na penúltima manobra, ela obteve 3,39. Mas a japonesa Momiji Nishiya levou 4,69 e roubou a liderança. Na última, a brasileira caiu. Ficou com a prata.

Rayssa foi a única brasileira a confirmar o favoritismo e ficar entre as principais atletas na fase classificatório. Nas fases classificatórias, ela somou posição 14,91 e ficou atrás apenas das japonesas Funa Nakayama (15,77) e Momiji Nishiya (15,40). Pâmela Rosa e Letícia Bufoni, que também disputavam, ficaram de fora da decisão.

Fenômeno

Nascida em Imperatriz, no Maranhão, Rayssa é um verdadeiro fenômeno do esporte. Desde 2018, com apenas 11 anos, já integra a seleção brasileira e é vista como uma das melhores do mundo na categoria street, dona de um talento raro.

A primeira vez que ela subiu em cima de um skate foi aos 6 anos, quando seus pais lhe deram o equipamento de presente. Um ano depois, já estava competindo. O mais impressionante é que ela aprendeu tudo por conta própria, sozinha. A garota assista a vídeos dos seus ídolos no celular e depois ficava repetindo insistentemente as manobras.

Aos 9 anos, Rayssa já não competia mais entre as crianças para disputar campeonatos na categoria geral. Passou, então, a levar uma vida de “adulta”, treinando três horas todos os dias. Tanto esforço deu certo e agora a pequena Rayssa Leal é medalhista olímpica.