João Pedro Januário

Foi em 1991 que ela fez a sua última incursão numa peça de teatro, interpretando a personagem título da peça “Nardja Zulpério”. Desde então, são mais de 25 anos longe dos palcos, nos quais ela se dedicou a inúmeros projetos bem-sucedidos, como os programas “Brasil Legal” e “Esquenta”, a novela “As Filhas da Mãe” e duas das maiores bilheterias do cinema nacional, “Eu, Tu, Eles” e o premiadíssimo “Que Horas Ela Volta?”. Agora, meses antes de retornar às telas de TV, em um dos papéis principais da novela global “Amor de Mãe”, Regina Casé enfrenta um novo desafio: a retomada de seu trabalho teatral, no monólogo “Recital da Onça”, uma das atrações do Festival de Curitiba.

Com roteiro da própria Regina, em parceria com o antropólogo Hermano Vianna (irmão de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso), “Recital” conta a história de uma mulher que recebe um convite para criar um formato específico de palestras sobre literatura brasileira para estudantes estrangeiros em Harvard. Partindo desse princípio, Regina aborda diferentes questões sobre busca por identidade, sobre conceito de nação e sobre o papel do Brasil nas suas relações internacionais, ao mesmo tempo em que brinca, estimulando o público a interferir nos rumos da peça, alterando o seu roteiro.

Com direção geral do marido de Regina, Estevão Ciavatta, e direção cênica de Hamilton Vaz Pereira, parceiro dela no grupo seminal de teatro Asdrubal Trouxe o Trombone, a peça será apresentada no Guairão, nos dias 28 e 29 de março, às 21 horas, com ingresso a R$70,00. Regina conversou com o Bem Paraná sobre o processo de produção da peça, e sobre personagens importantes de sua carreira, no bate-papo que você confere, na íntegra, no BARULHO CURITIBA!