A estiagem que toma conta do Paraná já é a pior dos últimos 100 anos. E a estação das chuvas só volta ao Paraná daqui a quatro meses, com a chegada da Primavera. “Por isso, iremos continuar com o rodízio de água na proporção de um por quatro”, disse o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky. Ou seja, a cada quatro dias com água, um ficará sem água. 

A falta de chuvas deixou o reservatórios de água do estado praticamente secos. Eles estão operando com apenas 43% de sua capacidade. Como o inverno costuma ser um período mais seco, as chuvas que podem melhorar esse desempenho são esperadas para a região apenas a partir de setembro, com a chegada da Primavera. O diretor da Sanepar ressalta que se houver cooperação da população com o rodízio, a estimativa é de que os reservatórios cheguem em setembro com 25% de sua capacidade. 

Para Gonchorosky, por ora, essa foi a solução encontrada para a crise hídrica do Estado. “Entendemos que nesta razão fica mais confortável para o usuário e também para o nosso sistema, que dispensa uma manutenção maior”, diz. 

O cenário foi apresentado nesta manhã de quarta-feira, 27, durante uma entrevista coletiva organizada pelo Governo do Estado com representantes da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e Turismo, Instituto Água e Terra, Sanepar, Copel e Simepar para apresentar um balanço da situação hídrica do Paraná e novas ações para enfrentamento do período de estiagem. 

Atualmente, a pior situação entre os reservatórios é da repressa do Iraí que está com apenas 15% de sua capacidade. O Passaúna está com 41% e Piraquara I com apenas 60%. Já Piraquara II está com 100% de sua capacidade. 

Energia

A falta de água também afeta a geração de energia elétrica e, para suprir a demanda do Estado, o sistema tem sido fornecido pelo Sudeste. No dia 25 de maio, por exemplo, 60% da energia consumida pelo Paraná veio do Sudeste.